
João Almeida prometeu atacar no sábado “se tiver pernas” na Volta ao País Basco, que lidera com apenas uma etapa para disputar, com o ciclista a português a assumir estar perto da vitória mais importante da carreira.
“Hoje, foi uma etapa sempre nervosa, mas correu bem: a equipa controlou e terminei satisfeito”, resumiu o camisola amarela, após a quinta tirada.
O luso da UAE Emirates concluiu os 172,3 quilómetros entre Urduña e Guernica no pelotão, a 1.48 do irlandês Ben Healy (EF Education-EasyPost), vencedor em 3:55.57 horas.
“Amanhã [sábado], espero estar melhor. É o último dia e é preciso dar tudo, vamos ver como estão as pernas. É uma etapa ‘enganadora’, na qual ou tens pernas ou não tens”, perspetivou.
O corredor de 26 anos está a 153,4 quilómetros - com início e final em Eibar e sete contagens de montanha no percurso, incluindo três de primeira – de se tornar, no sábado, o primeiro português a conquistar a Volta ao País Basco em 64 edições.
Com chuva prevista para a sexta e última jornada, Almeida admitiu que esse pode ser um fator decisivo, “sobretudo nas descidas”.
“Será um dia mais para atacar do que para defender. Se tiver pernas, atacarei”, assegurou o quarto classificado do Tour2024.
O português da UAE Emirates tem atrás de si os alemães Maximilian Schachmann (Soudal Quick-Step) e Florian Lipowitz (Red Bull-BORA-hansgrohe), respetivamente, segundo e terceiro da geral, a 30 e 38 segundos.
“Se ganhar [a geral], será a vitória mais importante da minha carreira”, admitiu hoje.
Melhor voltista português da atualidade e um dos melhores de sempre, atrás de Joaquim Agostinho, Almeida, que ganhou a quarta etapa da Itzulia, tem ‘apenas’ duas gerais entre os 15 triunfos inscritos no seu currículo, nomeadamente a Volta a Polónia, do escalão WorldTour, e a Volta ao Luxemburgo, ambas em 2021.
A Volta ao País Basco, no entanto, integra o lote de sete principais corridas por etapas do WorldTour, para além das grandes Voltas, juntamente com o Paris-Nice, o Tirreno-Adriático, a Volta à Catalunha, a Volta à Romandia, o Critério do Dauphiné e a Volta à Suíça.
Este ano, o terceiro classificado do Giro2023 já foi segundo na geral da Volta ao Algarve, atrás do bicampeão do Tour (2022 e 2023) Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), e na Volta à Comunidade Valenciana.
Comentários