A Justiça italiana arquivou esta quarta-feira o processo contra a exclusão, por doping, do ciclista italiano Marco Pantani da Volta a Itália de 1999, depois de recusar o pedido da defesa do ‘pirata’ em continuar a investigar o caso.

A juíza Monica Galassi aceitou a petição da Procuradoria de Forli (centro de Itália) que, depois de estudar o caso, considera que não há dados suficientes para identificar os responsáveis de uma suposta fraude desportiva, como alega a defesa do ciclista, já falecido.

Apesar dos acontecimentos continuarem envoltos em dúvida, os factos remontam há 17 anos, pelo que os eventuais delitos também já prescreveram.

Em causa, a controversa exclusão por dopagem do ciclista do Giro de 1999, com a defesa a considerar que grupos mafiosos, movidos por apostas desportivas, intervieram no sentido de alterar os resultados dos testes antidoping.

Os advogados de Pantani dizem que o crime organizado apostou muito dinheiro contra Pantani e que, vendo-o dominar essa edição do Giro, prejudicaram-no com ameaças e extorsões, manipulando os resultados do teste antidoping para assim o excluírem da prova e defenderem a sua posição nas apostas.

Esse período marcou o início do declínio do atleta depois do controlo antidoping da União Ciclista Internacional (UCI), a 05 de junho, que evidenciou 51,9 por cento de hematócrito, acima dos 50 por cento permitidos.

Estes factos levaram Pantani a uma grave depressão, como defendem vários especialistas, e, a 14 de fevereiro de 2004, foi encontrado morto num hotel em Rimini, com grandes quantidades de droga no sangue.

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