A equipa russa Katusha, excluída do WorldTour por não cumprir os requisitos éticos da União Ciclista Internacional (UCI), pediu hoje a integração no Movimento por um ciclismo credível (MPCC), criado para combater o doping.
A formação russa foi surpreendentemente afastada da primeira divisão do ciclismo, sem qualquer explicação por parte da entidade que tutela a modalidade, tendo-se especulado que as falhas éticas que a UCI aponta sejam relativas a casos de dopagem de ciclistas da equipa.
Na carta em que manifesta o desejo de aderir ao MPCC, a Katusha explica que a iniciativa se deve à sua vontade de mostrar o seu «envolvimento total» na luta antidoping, de fixar «orientações para o comportamento pessoal de todos os membros do plantel» e de «responder às últimas exigências dos organizadores».
O diretor desportivo Viatcheslav Ekimov esclareceu ainda que a equipa tem conhecimento das regras internas do movimento e pretende aderir «plenamente» ao regulamento.
O MPCC fixou regras mais duras do que o Código Mundial Antidopagem, facto que faz com que os seus membros tenham prioridade na distribuição de convites por parte das organizações das provas.
O presidente do movimento, o francês Roger Legeay, disse hoje que o grupo já inclui 34 equipas, nove das quais da primeira divisão.
Entre as últimas iniciativas do MPCC conta-se a criação de um logo “Le dopage ça suffit!” (“Basta de doping”), que será utilizado para as formações nos seus veículos de comunicação.