A portuguesa Maria Martins foi, esta sexta-feira, quarta classificada na prova olímpica de omnium, no terceiro dia dos Mundiais de ciclismo de pista, a decorrer em Berlim, conseguindo o melhor resultado nesta disciplina.

Na prova olímpica, que agrega as disciplinas de scratch, tempo, eliminação e pontos, a ciclista lusa esteve muito perto de conseguir o bronze, medalha que já ganhou na corrida de scratch, na quarta-feira.

À chegada à corrida por pontos, a ribatejana estava muito próxima das medalhas e, após pontuar em dois ‘sprints’ intermédios, ao longo das 80 voltas da eliminação, colocou-se no terceiro lugar.

Ainda assim, no penúltimo, foi a polaca Daria Pikulik a conquistar cinco pontos, ultrapassando ‘Tata’ Martins, que nos Mundiais de 2019 tinha sido 10.ª, por dois pontos, afastando a lusa de voltar a subir ao pódio.

A já medalhada em scratch, num ‘metal’ inédito para o ciclismo de pista feminino português, foi quarta no scratch, 10.ª no tempo, sexta na eliminação e 10.ª nos pontos.

A japonesa Yumi Kajihara sagrou-se campeã do mundo, com 121 pontos, bem à frente da segunda classificada, a italiana Letizia Paternoster, com 109, e de Pikulik, com 100.

Maria Martins, de 20 anos, acabou com 92, à frente de uma das favoritas, a norte-americana Jennifer Valente (85), quinta, e da campeã mundial de 2019, a holandesa Kirsten Wild, sétima com 83.

Esta edição do omnium, disciplina olímpica em que a portuguesa está matematicamente qualificada, ficou ainda marcada pela queda da britânica Laura Kenny, campeã olímpica no Rio2016, logo a abrir.

Nessa queda, que afastou três outras corredoras da discussão do resto da prova, Kenny levou pontos no olho direito e sofreu contusões na perna direita, acabando o concurso em 12.º.

Antes, Ivo Oliveira foi oitavo na corrida de qualificação da perseguição individual, disciplina em que foi vice-campeão mundial em 2018, ficando de fora da luta por medalhas, que apura apenas os primeiros quatro.

O ciclista de 23 anos conseguiu a melhor marca portuguesa de sempre, com 4.10,829 minutos para cumprir os quatro quilómetros.

A seleção masculina, que também conta com Iuri Leitão e João Matias, disputa ainda o omnium no sábado, ao longo do dia, e o madison no domingo, último dia de Mundial em Berlim, em que Maria Martins compete na corrida de pontos.

Pela quarta vez nos Mundiais de Berlim, um recorde do mundo foi melhorado, desta feita na perseguição individual, pelo novo campeão mundial, o italiano Filippo Gana, ainda nas eliminatórias.

O ciclista de 23 anos bateu o seu próprio registo, conseguindo 4.01,934 minutos, aproximando-se do ‘muro simbólico’ dos quatro minutos, após melhorar em quase um segundo o recorde que tinha estabelecido em novembro de 2019.