Rui Costa disse este domingo que deu o máximo na corrida de fundo dos Mundiais de ciclismo de estrada, em Bergen, Noruega, para terminar como melhor português, no 19.º lugar, com o mesmo tempo tricampeão, o eslovaco Peter Sagan.
“Acabou por acontecer o que eu temia. A corrida foi muito dura, sobretudo desde a altura em que a Holanda e a Bélgica pegaram na corrida, a cerca de 90 quilómetros do fim, mas a subida não era suficientemente extensa para fazer a diferença. Passou um grupo pequeno, mas estavam lá alguns 'sprinters'. Ainda tentei atacar, mas não era possível. Saio com a consciência de que estava bem e de que dei o meu máximo, mas o percurso não era o ideal”, considerou Rui Costa, citado pela assessoria da Federação Portuguesa de Ciclismo.
Campeão do mundo em 2013, Rui Costa terminou entre os 28 corredores que cortaram a meta destacados, com Peter Sagan a encabeçar o grupo para se tornar o primeiro a conquistar o título três vezes seguidas, ao bater o norueguês Alexander Kristoff no 'sprint'. O australiano Michael Matthews ficou em terceiro.
Na última passagem pela subida de Salmon Hill, marcada por diversos ataques, uma queda ajudou a provocar um corte no pelotão, e Rui Costa foi o único português que ficou no grupo da frente.
“A queda foi uma pena, pois impediu-nos de chegar mais adiante e de ajudar o Rui na parte decisiva”, comentou Ricardo Vilela.
Nelson Oliveira foi o 55.º classificado, Tiago Machado foi 64.º e Ricardo Vilela foi 65.º, todos a 2.32 minutos do vencedor, enquanto José Gonçalves terminou em 130.º, a 11.53, e Ruben Guerreiro, vítima de dores abdominais, abandonou a corrida.
“Este Mundial tornou-se duro pela distância e pelo ritmo, mas não o suficiente para eliminar os 'sprinters'. Estivemos ativos na frente da corrida, quando já poucos corredores mantinham aspirações. O Rui tentou atacar, mas é um corredor muito marcado e, portanto, nunca teve margem para se isolar”, disse o selecionador português, José Poeira.
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