O italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Mérida), apelidado de 'tubarão de Messina', venceu esta segunda-feira a terceira etapa da Volta a Espanha em bicicleta, enquanto Chris Froome (Sky), terceiro, aproveitou as bonificações para vestir a camisola vermelha de líder.
Num ‘sprint’ reduzido a nove ciclistas, depois de duas subidas de primeira categoria ao longo de 158,5 quilómetros entre Prades e Andorra la Vella, o italiano, vencedor da prova em 2010, cortou a meta após 4:01.22 horas, superiorizando-se ao espanhol David de la Cruz (Quick-Step Floors), segundo, e ao britânico, terceiro.
O italiano, de 32 anos, conquistou a sua segunda etapa na ‘Vuelta’ e mostrou capacidade para recuperar a desvantagem para Chris Froome, que tinha atacado na última subida, numa época em que foi terceiro no ‘Giro’ de Itália, ganho pelo holandês Tom Dumoulin.
Já depois de o português Rui Costa (UAE Emirates) e o colega de equipa, o colombiano Darwin Atapuma, terem tentado atacar, sem sucesso, a 34 quilómetros do fim, e de o francês Alexandre Geniez (AG2R) e o italiano Davide Villella (Cannondale Drapac), novo líder da classificação da montanha, que seguiam em fuga, terem sido apanhados, depois de terem passado grande parte isolados, a Sky começou a impor um ritmo elevado na última subida, deixando para trás vários candidatos à geral.
Um desses homens foi o espanhol Alberto Contador (Trek-Segafredo), que venceu a prova três vezes (2008, 2012 e 2014) e se vai despedir no final da 72.ª edição, tendo mostrado fragilidades na última subida e ‘condenado’ já as aspirações à vitória final – perdeu 2.33 minutos para Froome, chegando na 37.ª posição.
Froome, que parece não estar a acusar o esforço de ter ganho a Volta a França, a quarta da carreira do britânico, atacou no início da última subida, já depois de ter conquistado três segundos ao ser primeiro num 'sprint' intermédio, e só o colombiano Esteban Chaves (Orica-Scott) conseguiu acompanhá-lo, com o francês Romain Bardet (AG2R) e de La Cruz no seu encalço.
Quando o quarteto final se preparava para discutir entre si o pódio, posições que ofereciam bonificações de tempo, Nibali, conhecido pela habilidade nas descidas, reintegrou o grupo dos favoritos juntamente com outros quatro corredores, entre eles o norte-americano Tejay van Garderen (BMC) e o campeão italiano Fabio Aru (Astana), com um grupo de nove a disputar o ‘sprint’ final.
O ‘tubarão de Messina’ atacou na última reta, vencendo o ‘sprint’ e subindo à quinta posição, embora Froome, terceiro atrás de de la Cruz, tenha subido ao pódio como líder da geral, beneficiando da bonificação de três segundos para superar o espanhol da Quick-Step Floors.
O britânico, que procura a primeira vitória em Espanha depois de três segundos lugares, tem dois segundos de vantagem sobre de la Cruz, o irlandês Nicolas Roche (BMC) e van Garderen, com Nibali a 10 segundos e Chaves a 11.
Apesar do esforço gorado de tentar fugir para a vitória em etapa, Rui Costa conseguiu, ainda assim, ser o melhor luso na etapa, na 19.ª posição, a 1.14 do vencedor, seguindo na 26.ª posição na geral, a 1.58 minutos.
O melhor luso na geral individual é Nelson Oliveira (Movistar), que é 23.º a 1.54, depois de hoje ter sido 28.º a 1.28 minutos de Nibali, enquanto Ricardo Vilela é agora 61.º, a mais de 11 minutos, depois de ser 66.º na tirada do dia.
Dez posições abaixo está José Gonçalves (Katusha Alpecin), que foi 68.º na terceira etapa, enquanto Rafael Reis (Caja Rural-Seguros RGA) é 188.º à geral.
Na terça-feira, os ciclistas correm os 198,2 quilómetros entre Escaldes-Engordany e Tarragona, numa tirada com apenas uma subida de terceira categoria, que poderá favorecer os ‘sprinters’.
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