O italiano Rinaldo Nocentini conquistou hoje o Troféu Joaquim Agostinho, sete anos depois de ter sido líder na Volta a França em bicicleta, assegurando o primeiro triunfo para o Sporting-Tavira.
O chefe de fila dos ‘leões’ segurou a camisola amarela, que vestiu na sexta-feira, no alto de Montejunto, resistindo, praticamente sozinho, ao ataque vitorioso de Gustavo Veloso (W52-FC Porto), que ergueu os braços no parque eólico da Carvoeira, em Torres Vedras, onde terminou a terceira e última etapa da prova.
O vencedor da Volta a Portugal em 2014 e 2015 concluiu os 147 quilómetros desde Atouguia da Baleia, em Peniche, em 03:48.41 horas, menos cinco segundos do que o francês Guillaume de Almeida (Rádio Popular-Boavista), segundo classificado, e menos sete do que o colombiano Aldemar Reyes (Manzana Postobon), terceiro.
Nocentini, que ficou a solo entre os ‘leões’ a cerca de 50 quilómetros da chegada, optou por controlar danos e marcar João Benta (Louletano-Hospital de Loulé), vencedor da corrida no ano passado, e Hernâni Broco (LA-Antarte), que estavam a 26 segundos da sua amarela.
O italiano cedeu apenas dois segundos para Broco, que subiu ao segundo lugar da geral, a 24, e igualou Benta, permitindo apenas o triunfo ‘azul e branco’, confirmando o domínio exercido nos dias anteriores, com as vitórias no prólogo, no sábado e na geral por equipas.
A cerca 40 quilómetros do fim, na subida a Montejunto, Veloso e Daniel Silva (Rádio Popular-Boavista) agitaram a etapa, ‘destroçando’ o grupo principal, na tentativa de alcançar a fuga do dia, que começou com sete corredores na Lourinhã, cerca do 28.º quilómetro, e estava então partida, com Yoann Barbas (Armée de Terre) e Guillaume Almeida (Rádio Popular-Boavista) na frente, seguidos de Nuno Almeida (Efapel), Bruno Sancho (Anicolor) e Samuel Caldeira (W52-FC Porto).
Nos dois quilómetros da subida ao parque eólico da Carvoeira, Sancho e Veloso aceleraram, mas o galego conseguiu impor-se com facilidade na etapa, sem conseguiu melhor do que subir ao sétimo lugar da geral, a 59 segundos de Nocentini.
A primeira vitória na temporada da formação ‘leonina’ ocorreu precisamente sete anos depois de Nocentini, então ao serviço da AG2R-La Mondiale, ter vestido a camisola amarela na Volta a França, após a sétima etapa, em Andorra Arcalis, segurando-a até à 15.ª.
O italiano sucedeu no historial a Benta, reeditando o único êxito ‘leonino’ na prova que homenageia o melhor corredor português de sempre, que remontava a 1987, então pela pedalada de Américo Silva.
O espanhol Raul Alarcón (W52-FC Porto) venceu a classificação por pontos, Barbas foi o ‘rei’ da montanha e o colombiano Reyes o melhor jovem da corrida.
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