Abraham Olano, um dos ciclistas espanhóis que, segundo um relatório do Senado francês, se doparam com EPO no Tour de França de 1998, disse que ele é «o primeiro surpreendido» com esta situação.

«O primeiro surpreendido sou eu, por estar numa lista de nomes quando não dei positivo. Não entendo como pode sair isto agora. Terão de demonstrá-lo», disse o ex-ciclista espanhol, que naquele ano se sagrou campeão mundial de contrarrelógio e se retirou do Tour à 10.ª etapa, depois de uma queda.

O ciclista espanhol acrescentou ainda que «nunca teve a sensação de fazer nada ilegal» até porque, segundo ele, esteve sempre sob controlos antidoping.

«Eu estive sempre sob controlo e tutela da equipa e da sua equipa médica. Em absoluto, não me considero culpado. Nunca tive a sensação de fazer nada ilegal», afirmou Olano, que é atualmente diretor técnico da Volta à Espanha em bicicleta.

Olano, o seu companheiro da Banesto Manuel Beltrán e Marcos Serrano, da Kelme, constam no relatório que hoje foi publicado por uma comissão de investigação do Senado francês, por supostamente se terem dopado com EPO no Tour de França de 1998.