Um pelotão de 133 ciclistas de 19 equipas vai correr a 38.ª edição da Volta ao Alentejo em bicicleta, na estrada de 23 a 27 deste mês, com início em Reguengos de Monsaraz e final em Évora.

Esta edição da ‘Alentejana’, que marca o regressa da prova após o seu cancelamento em 2020, devido à pandemia de covid-19, foi apresentada hoje no auditório municipal de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora.

No final da apresentação, em declarações à agência Lusa, o diretor da prova, Joaquim Gomes, disse acreditar que, apesar da pandemia de covid-19, estão reunidos “todos os condimentos” para fazer desta ‘Alentejana’ uma “edição de muito sucesso”.

“Com a experiência adquirida com a Volta a Portugal do ano passado, estamos em condições de avançar com esta edição” da ‘Alentejana’ e “acreditamos que temos todas as ferramentas ao nosso alcance para iniciar a prova com tranquilidade”, afirmou.

Joaquim Gomes sublinhou que, no caso de serem detetados casos positivos ao novo coronavírus na comitiva, “estão delineados os procedimentos” a adotar para a prova prosseguir, admitindo “excluir da corrida quem tiver que ser excluído”.

O diretor da ‘Alentejana’ vincou que a prova tem “um plano sanitário que envolve todas as áreas organizativas”, o qual recebeu parecer positivo e até “surpreendeu agradavelmente a Direção-geral da Saúde (DGS)”.

Segundo Joaquim Gomes, antes do início da corrida, todos os elementos das equipas vão ter que fazer testes PCR, assim como o colégio de comissários e os membros da organização que “contactem mais de perto com os ciclistas”.

Organizada pela Podium Events e pela Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), a 38.ª Volta ao Alentejo em bicicleta/1.º Grande Prémio CMTV, com um total de 819 quilómetros, vai contar com a participação de ciclistas de 12 equipas portuguesas e de sete estrangeiras.

W52/FC Porto, Louletano/Loulé Concelho, Efapel, Tavfer-Measindot-Mortágua, Antarte Feirense, Kelly–Simoldes–UD Oliveirense, Atum General/Tavira/Maria Nova Hotel, Rádio Popular/Boavista, LA Alumínios/LA Sport, Fortuna/Maia, Crédito Agrícola/Almodôvar e Sicasal/Miticar-Torres Vedras são as equipas portuguesas participantes.

Já o “contingente” estrangeiro é constituído pelas equipas da Caja Rural, Euskaltel, Burgos, Kern Pharma, todas de Espanha, Protouch, da África do Sul, Nippo Conti, da Suíça, e Swift Carbon, do Reino Unido.

Pela quinta vez consecutiva, a prova vai começar em Reguengos de Monsaraz, no dia 23 deste mês, ligando esta cidade do distrito de Évora a Beja, num total de 194,5 quilómetros de extensão.

A segunda etapa vai ter 195,5 quilómetros e inicia-se em Almodôvar e tem a meta em Sines, enquanto a terceira tirada será entre Alcácer do Sal e Mora, num total de 173,1 quilómetros.

Para a manhã do dia 26, está prevista a quarta etapa, que vai ligar Monforte e Castelo de Vide, numa distância de 85 quilómetros, localidade que recebe, na tarde desse dia, um contrarrelógio individual de 8,4 quilómetros.

A sexta e derradeira etapa, no dia 27, com 162,9 quilómetros, vai arrancar em Portalegre e a meta estará instalada em Évora, na Praça do Giraldo, considerada a sala de visitas da cidade alentejana.

No ano passado, a Volta ao Alentejo em bicicleta, que ia para a estrada em março de 2020, foi cancelada, devido à pandemia de covid-19.

A 37.ª Volta ao Alentejo, realizada em 2019, foi vencida pelo ciclista português João Rodrigues, da W52/FC Porto.

Ao longo dos anos, portugueses e espanhóis têm dominado a corrida, mas continuam a ser os corredores lusos, com 14 triunfos, a liderar o ‘top’ das nacionalidades com mais êxito em terras alentejanas.

Espanha, com 13 vitórias, é o segundo país no palmarés da prova, enquanto a Rússia, com três sucessos, ocupa a terceira posição neste ‘ranking’.