O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, disse esta quinta-feira que o escândalo de doping que envolveu o ciclista norte-americano Lance Armstrong é «uma história triste», mas que deve ser encarda como «uma oportunidade».
Em entrevista à AFP, Rogge, que vai deixar a presidência do COI em setembro, após 12 anos no cargo, defendeu que se a confissão pública de Armstrong foi sincera, o norte-americano, heptacampeão da Volta a França, pode constituir-se como um exemplo da luta contra a dopagem no ciclismo.
«É uma história triste, mas devemos encará-la como uma oportunidade. Este é um momento crucial para o ciclismo», sustentou Rogge, em entrevista realizada na sede do organismo olímpico, na cidade suíça de Lausana.
Comentando a recente entrevista concedida à apresentadora de televisão Oprah Winfrey, na qual Armstrong admitiu pela primeira vez que utilizou doping durante toda a carreira de ciclista, o presidente do COI advertiu que «os atletas não são os únicos implicados em casos de doping».
Lance Armstrong foi o único ciclista a conseguir vencer sete edições consecutivas do Tour, a principal competição velocipédica do mundo, mas as mesmas foram-lhe retiradas pela União Ciclista Internacional (UCI), na sequência de um inquérito da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA).
As conclusões apontavam para o recurso de doping, que sempre negara, ao longo de quase toda a carreira e, por isso, o seu palmarés desde 01 de agosto de 1998 foi “apagado”, sendo que na quinta-feira, o Comité Olímpico Internacional (COI) também exigiu a Armstrong a devolução do bronze conquistado em 2000.
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