O ciclista australiano Richie Porte (Sky) venceu hoje pela segunda vez a Paris-Nice, em França, depois de dominar a 'cronoescalada' do Col d'Eze, onde o terceiro tempo valeu ao português Rui Costa (Lampre-Merida) o quarto lugar final.

Vencedor da prova em 2013, Porte, de 30 anos, justificou o favoritismo que lhe era atribuído à partida para a sétima e última etapa, ao suplantar toda a concorrência na subida ao Col d'Eze. Sem revelar sequelas da queda da véspera, o australiano levou 20.23 minutos a completar os 9,6 quilómetros de contrarrelógio, num percurso com 4,7% de inclinação média.

Excluindo o francês Tony Gallopin (Lotto-Soudal), cuja liderança se sabia ser coisa efémera, os mais diretos adversários não facilitaram, mas o nível do 'aussie' era inalcançável: o eslovaco Simon Spilak (Katusha) foi segundo, com mais 13 segundos, Rui Costa foi terceiro, a 24, e o polaco Michal Kwitakowski (Ettix-QuickStep) foi quinto, a 29, com o mesmo tempo do seu colega Tony Martin, o alemão campeão do mundo da especialidade.

Nas contas finais, Richie Porte, vencedor da Volta ao Algarve em 2012, ganhou com meio minuto de vantagem sobre o trio composto por Kwiatkowski, Spilak e Costa, cabendo ao corredor da Póvoa de Varzim ficar fora do pódio, um ano depois de ter sido segundo atrás do colombiano Carlos Betancur.

"É uma das corridas icónicas e para mim esta vitória sabe um bocadinho melhor do que a anterior. Foi duro, eles [adversários] atacaram-nos de todas as maneiras ontem [sábado] e ganhar no topo do Col d'Eze, como na última vez, é incrível", afirmou o líder da Sky.

Richie Porte, que alcançou o primeiro triunfo da época numa corrida por etapas, rolou quase um minuto mais lento do que na vitória de há dois anos, uma diferença que se justifica pela chuva e pelos fortes ventos que afetaram o desempenho dos corredores.

Praticamente esquecido ficou Tony Gallopin, que vestiu a camisola amarela na véspera e partiu com 36 segundos de vantagem, mas não teve capacidade para fazer melhor do que o 29.º lugar, a 1.39 minutos de Porte, e mesmo atrás do português Sérgio Paulinho (Tinkoff-Saxo), que gastou mais 1.33 do que o vencedor. Nelson Oliveira (Lampre-Merida) foi 39.º, a 1.56.

Na geral, Oliveira foi 55.º, a 32 minutos, e Paulinho terminou em 76.º, a 46.56.