Os ciclistas Rui Costa, André Cardoso, Manuel Cardoso, Bruno Pires, Sérgio Paulinho e Tiago Machado são os pré-selecionados de Portugal para os Campeonatos do Mundo de estrada, anunciou hoje a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).
Deste sexteto sairão os quatro nomes que a 23 de setembro vão disputar a prova de fundo nos Mundiais de Maastricht, na Holanda, nos quais Portugal vai abdicar de participar na prova de contrarrelógio, na qual não poderia contar com o seu melhor especialista, Nelson Oliveira, 17.º no ano passado, que recupera de uma infeção bacteriana.
Os nomes definitivos serão conhecidos após a Volta a Espanha, que termina no domingo e na qual participam cinco dos pré-convocados. Rui Costa, 13.º nos Jogos Olímpicos e único que não está a disputar a Vuelta, corre no sábado o Grande Prémio do Quebéc, prova do World Tour.
«Sabemos que o Campeonato do Mundo é a meta de alguns dos melhores corredores do pelotão internacional e de grande parte das seleções mais fortes. Partimos com a desvantagem de só podermos alinhar com quatro elementos, enquanto alguns blocos terão nove homens. No entanto, não entramos derrotados. Tendo em conta o percurso da corrida e o perfil dos nossos ciclistas, temos legítimas aspirações de lutar pelos lugares cimeiros», afirma o selecionador nacional, José Poeira, citado pelo gabinete de comunicação da FPC.
A corrida de fundo para os ciclistas de elite terá 261 quilómetros e, ao contrário de outras edições, não será propícia a sprinters, uma vez que será um constante "sobe e desce", com vários "muros" para transpor.
Após a partida em Maastricht, o pelotão percorre 100 quilómetros com sete subidas, curtas, mas íngremes, e entra no circuito de 16,1 quilómetros, ao qual serão dadas dez voltas, em redor de Valkenburg. Este circuito inclui dois "muros", um dos quais, a cerca de dois quilómetros da chegada é o mítico Cauberg, que muitas vezes determina o vencedores da "clássica" Amstel Gold Race.
No mesmo dia, Francisco Valinho, Luís Gomes e Ruben Guerreiro disputam a prova de fundo de juniores, num total de 128,8 quilómetros, registando-se a ausência de portugueses no escalão sub-23, por falta de pontos no apuramento.
«Tendo em conta critérios técnicos e desportivos, porque, tanto em juniores como em elite, será feita uma forte aposta nas corridas de fundo, decidiu-se não participar nos contrarrelógios», especifica a FPC.
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