A seleção portuguesa de ciclismo de pista está a postos na Ballerup Super Arena, onde, de quarta-feira a domingo, se disputam os Mundiais, de olho nos melhores resultados possíveis e em manter a curva de progressão.

Até chegar à Dinamarca, diz Maria Martins à Lusa, “têm sido semanas boas de aproximação, a nível físico e psicológico”, nuns Mundiais que servem de fecho de temporada, após os Jogos Olímpicos Paris2024 e inúmeras batalhas dentro de velódromos.

“Ambicionamos os melhores resultados possíveis, mas, para isso, temos de trabalhar aspetos táticos, técnicos, físicos. Os resultados são uma consequência desse conjunto. Estou focada no meu processo, focada no que posso controlar, e darei o meu melhor”, declara a ciclista da Moçarria, de 25 anos.

‘Tata’ Martins soma, além de participações olímpicas em Tóquio2020 e Paris2024, duas medalhas em Mundiais, no caso bronze no omnium em 2022 e no scratch em 2020.

De regresso para mais uma edição dos Mundiais está outra ciclista olímpica, Daniela Campos, que se estreou em Jogos em Paris2024, mas na estrada, encarando esta como última corrida depois de “uma época bastante longa”, sobretudo pela equipa de estrada.

“Venho para este Mundial com o objetivo de dar o meu melhor e dar continuidade ao trabalho, ao processo, que tenho vindo a desenvolver na pista. Se os resultados forem positivos, é um acréscimo”, nota.

Campos competirá apenas no domingo, na corrida de pontos que tem feito em Mundiais – foi oitava em Glasgow, em 2023, e 19.ª em 2022 -, não tendo objetivo definido.

“Não metemos normalmente um objetivo de resultados, o professor [Gabriel Mendes, selecionador de pista] também não nos impõe. [Queremos] continuar a desenvolver e a crescer como atletas”, afirma.

Também Diogo Narciso reforça, à Lusa, que a seleção pretende “adquirir experiência para o futuro, para melhorar cada vez mais”, ou não fosse este estreante em Mundiais, mas também saber “dar o melhor” e honrar o processo.

“Sabemos que temos valor para estar aqui, para estar na discussão da corrida. Queremos o melhor resultado para Portugal”, afirma.

Na véspera dos Mundiais, a seleção portuguesa fez hoje o segundo treino na Ballerup Super Arena, a que chegarão ainda o campeão olímpico no madison, Rui Oliveira (em dupla com o ausente Iúri Leitão), e Ivo Oliveira.

Portugal, que soma já seis medalhas em Mundiais de elite, inicia a participação na quarta-feira, com Maria Martins no scratch, que lhe granjeou o bronze em 2020.

Os Mundiais de Ballerup decorrem de quarta-feira a domingo.