A direção da Volta a Itália em bicicleta esclareceu hoje que a alegada neutralização da descida do Stelvio, no decurso da 16.ª etapa, não passou de uma má interpretação por parte do Rádio Volta.

“Depois de escutar as gravações áudio das instruções dadas pelos diretores desportivos durante a etapa de hoje, a direção do Giro deve precisar que o Rádio Volta [responsável pelas comunicações da corrida] deu uma interpretação inexata das indicações dadas pela direção”, reconheceu a organização da prova.

Estava previsto que uma moto com uma bandeira vermelha guiasse o primeiro pelotão na descida do Stelvio, onde se formou a fuga vitoriosa de Nairo Quintana (Movistar), o novo camisola rosa.

“Como já foi dito, a intenção era garantir a segurança dos corredores na primeira parte da descida do Stelvio, onde a visibilidade era reduzida devido às nuvens baixas”, acrescentou ainda a direção do Giro, precisando que a referência a uma possível neutralização nunca foi feita.

Numa gravação difundida nas redes sociais em Itália pode ouvir-se uma informação do Rádio Volta, segundo a qual uma moto guiaria os corredores na descida e bloquearia os ataques, de modo a que os ciclistas não corressem riscos.

Debaixo da forte chuva, Quintana e outros cinco corredores distanciaram-se do pelotão durante a segunda parte da descida, uma atitude que mereceu protestos por parte do então camisola rosa Rigoberto Uran (Omega Pharma-Quickstep).

“Uran perdeu o Giro por culpa dos organizadores”, defendeu o manager da equipa Patrick Lefevere.