A procuradoria de Marselha abriu uma investigação a uma equipa que participou na Volta a França em bicicleta, que terminou domingo, por suspeitas de doping, confirmou hoje a procuradora à agência noticiosa francesa France-Presse.
A investigação preliminar foi lançada por um departamento de saúde pública do Ministério Público da cidade de Marselha, confirmou a procuradora Dominique Laurens, após a "descoberta de vários produtos de saúde, incluindo drogas (...) e especialmente de um método que pode ser qualificado como doping" em buscas realizadas em 16 de setembro.
A mesma fonte confirmou à AFP que diligências policiais estão ainda em curso relacionadas com este mesmo processo.
Os detalhes disponibilizados à France-Presse por fontes próximas da matéria confirmam buscas realizadas junto da equipa Arkéa-Samsic, do colombiano Nairo Quintana e do francês Warren Barguil, com o L'Équipe a avançar com a notícia de que vários ciclistas viram os seus quartos serem alvos de buscas na última quarta-feira, dia 16 de setembro.
A equipa francesa do escalão ProTour colocou Barguil no 14.º lugar final e Quintana no 17.º, com o diretor, Emmanuel Hubert, a confirmar ao L'Équipe as buscas efetuadas no hotel em Les Allues.
A Arkéa-Samsic conseguiu em 2020 apenas uma vitória em provas WorldTour, por Nairo Quintana, segundo a imprensa o principal ‘alvo' das buscas, na sétima etapa do Paris-Nice, tendo agendada a participação na edição especial da Volta a Portugal, que vai para a estrada no próximo domingo.
A Volta a França terminou domingo com a vitória do esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), mais de 31 minutos à frente de Quintana, o líder da Arkéa-Samsic.
O mesmo departamento da justiça de Marselha, que não agiu em conjunto com a Agência Antidopagem de França, abriu já duas outras investigações nos últimos anos, a última em 2019, à equipa belga Deceuninck-Quick Step, e antes disso, em 2017, ao uso de bicicletas com motores elétricos no ‘Tour', com ambos os casos a serem arquivados.
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