A organização da Volta a França em bicicleta esclareceu hoje que nenhuma das quatro equipas com um caso de COVID-19 será automaticamente excluída da prova se outro dos seus elementos testar positivo na próxima ronda de testes, na segunda-feira.

Nas últimas horas, a dúvida instalou-se na caravana do Tour, uma vez que o protocolo sanitário da ‘Grande Boucle’ não era claro sobre se um novo caso positivo na quarta bateria de testes à covid-19, que será realizada no segundo dia de descanso, significaria a exclusão imediata de INEOS, Cofidis, AG2R-La Mondiale e Mitchelton-Scott.

Hoje, e já depois de fonte ministerial ter confirmado à agência France-Presse que “os contadores voltariam ao zero antes de cada ronda de testes”, a Amaury Sport Organisation (ASO) corroborou a informação, esclarecendo que o positivo detetado em cada uma daquelas quatro formações na segunda-feira passada já não ‘vigorará’ na quarta bateria de testes, agendada para a próxima segunda-feira.

O protocolo sanitário do Tour é particularmente severo para as equipas, já que dois casos de infeção por covid-19 no espaço de sete dias entre os seus elementos, incluindo corredores e 'staff', significam a exclusão imediata de uma formação da prova.

Contudo, uma vez que os testes obrigatórios de deteção do novo coronavírus acontecem com uma semana de intervalo, nos dois dias de descanso da 107.ª edição, INEOS, Cofidis, AG2R-La Mondiale e Mitchelton-Scott podem ‘respirar de alívio’.

Como o ‘contador de positivos’ das quatro formações vai estar a zeros no segundo dia de descanso, a probabilidade de afastamento das equipas do campeão em título, o colombiano Egan Bernal (INEOS), dos franceses Guillaume Martin (Cofidis) e Romain Bardet (AG2R-La Mondiale), respetivamente terceiro e quarto da geral individual, e do britânico Adam Yates (Mitchelton-Scott), antigo camisola amarela, será muito menor.

Estas equipas estarão precisamente na mesma situação do que todas as outras na segunda-feira, último dia de testes à covid-19 antes da chegada a Paris, em 20 de setembro.

A ‘bolha’ da Volta a França, que inclui entre 650 e 700 pessoas, foi testada antes do arranque da prova, em 29 de agosto, em Nice, e novamente no primeiro dia de descanso. Nos testes prévios à prova, foram detetados dois casos entre o ‘staff’ da Lotto Soudal, e nos últimos, além dos elementos de INEOS, Cofidis, AG2R-La Mondiale e Mitchelton-Scott, também o diretor do Tour, Christian Prudhomme, deu positivo.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 904 mil mortos e quase 28 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em França, morreram 30.794 pessoas das mais de 344 mil confirmadas como infetadas.