Tadej Pogacar reconheceu hoje que a covid-19, embora não seja um rival, pode “deitar tudo a perder” na Volta a França em bicicleta, horas depois do seu companheiro Vegard Stake Laengen ter abandonado a prova por estar infetado.

“A covid-19 começa a ser preocupante. Infelizmente, a pandemia existe e não nos salvámos dela. Não podemos arriscar correr doentes, temos que levar isto a sério”, defendeu o camisola amarela, após o final da oitava etapa, vencida por Wout van Aert (Jumbo-Visma) e na qual foi terceiro classificado.

Pogacar, que persegue a terceira vitória consecutiva na Volta a França, ficou hoje privado de um dos seus escudeiros na UAE Emirates, após o norueguês apresentar sintomas na noite de sexta-feira e ver a infeção confirmada esta manhã por um teste PCR positivo.

“Não é verdade que a covid seja um rival, mas sim que pode deitar tudo a perder”, argumentou o esloveno de 23 anos, apontando como verdadeiros adversários os ciclistas da Jumbo-Visma e os da INEOS.

A equipa do líder da geral tem sido particularmente afetada pela nova vaga de covid-19 no pelotão: primeiro, o vírus ‘apanhou’ Matteo Trentin, substituído horas antes do arranque da 109.ª edição por um fora de forma Marc Hirchi, e agora fica reduzida a sete unidades.

Ainda assim, o atual bicampeão da ‘Grande Boucle’ acredita que “pode defender a camisola amarela até Paris com seis homens”.

Embora otimista, ‘Pogi’ notou que “todos os dias, milhares de adeptos animam os ciclistas na berma” das estradas onde passa a caravana do Tour, e que isso representa um risco de contágio.

A 109.ª Volta a França arrancou em 01 de julho, em Copenhaga, e termina em 24 de julho, em Paris. Hoje, foram registados os dois primeiros casos de covid-19 entre ciclistas, com Laengen a juntar-se ao francês Geoffrey Bouchard na lista de abandonos devido ao coronavírus.