O camisola amarela Jonas Vingegaard reconheceu que Tadej Pogacar “estava incrivelmente forte hoje”, com o ciclista esloveno da UAE Emirates a confessar-se “superfeliz” por ter encurtado diferenças para o seu rival na nona etapa do Tour.

“Não é uma vitória, mas é uma pequena vitória. Estou superfeliz hoje, foi um dia muito bom, bastante relaxado até à última subida”, declarou Pogacar, após ter cortado a meta, no alto do Puy de Dôme, oito segundos antes do campeão em título.

O líder da juventude e bicampeão da ‘Grande Boucle’ (2020 e 2021) revelou que, na ascensão ao vulcão, ponto final da nona etapa ganha pelo canadiano Michael Woods ((Israel-Premier Tech), sentiu “imediatamente que as pernas estavam boas”, mas, por precaução, resolveu esperar pelos últimos 1,5 quilómetros para lançar o seu ataque.

“Quando iniciei o ataque, vi a sombra dele [Vingegaard] e podia ver que ele estava a sprintar a fundo atrás de mim, mas, como as minhas pernas estavam boas, acelerei mais, a diferença aumentou e foi continuar até ao topo”, resumiu.

O esloveno de 24 anos confessou que “estava um pouco receoso” da subida ao Puy de Dôme, que não pôde reconhecer por estar a recuperar das fraturas no pulso esquerdo, sofridas numa queda na Liège-Bastogne-Liège e que os seus companheiros de equipa disseram ser “muito difícil, muito inclinada”.

“Mas não me pareceu assim tanto”, notou o segundo classificado da geral, a 17 segundos do dinamarquês da Jumbo-Visma.

‘Pogi’, que se mostrou contente por ter encurtado as diferenças para a camisola amarela e por ter colocado Vingegaard sob pressão, explicou que gostaria de ter vencido a etapa, mas argumentou que, no ano passado, quando foi segundo na geral final, aprendeu que não pode “disputar todas as vitórias de etapas, porque o objetivo é a classificação geral”.

O dinamarquês, por seu lado, tratou de elogiar o seu único rival, dizendo que Pogacar “estava incrivelmente forte hoje”.

“Ele mereceu recuperar esses oito segundos. No final de contas, estou contente por ter conservado a camisola amarela e de ainda a manter após a primeira semana. Antes do Tour, não acreditava que pensássemos tê-la passado uma semana”, assumiu.

Segundo Vingegaard, ele e Pogacar estão “ambos a um nível muito alto”. “As etapas que mais se adequam a mim ainda estão por chegar, será uma luta feroz. Farei tudo o possível para tentar ganhar em Paris”, prometeu.

O corredor de 26 anos antecipou ainda o primeiro dia de descanso, que será cumprido na segunda-feira, dizendo que vai “rolar” e tentar descansar ao máximo.

A 110.ª ‘Grande Boucle’ regressa à estrada na terça-feira, na 10.ª etapa, uma ligação de 167,2 quilómetros ‘acidentados’ entre Vulcania e Issoire.