Wout van Aert assumiu hoje ter saudades dos duelos com o seu ‘eterno’ rival Mathieu van der Poel, considerando que as vitórias sobre o ciclista neerlandês da Alpecin-Deceuninck, ‘apagado’ nesta Volta a França, eram mais prestigiantes.

“Quando ganho ao Van der Poel, dá-me mais prestígio. É uma pena que não esteja ao nível do ano passado”, lamentou o belga da Jumbo-Visma, depois de vencer a oitava etapa da 109.ª edição do Tour.

A rivalidade de ‘WVA’ e ‘MVDP’, ambos de 27 anos, começou há quase uma década no ciclocrosse, vertente que os dois dominam desde 2015 – até este ano, nenhum outro corredor tinha conquistado o título mundial, com o primeiro a vestir a camisola arco-íris entre 2016 e 2018 e o segundo a sagrar-se campeão em 2015 e entre 2019 e 2021.

Com a ascensão dos dois talentosos ciclistas no pelotão internacional, a rivalidade transferiu-se para a estrada, onde o belga e o neerlandês se têm batido principalmente em clássicas, mas também em provas como o Tour2021, no qual foram ‘inseparáveis’ companheiros de fuga.

Contudo, este ano, Van der Poel é, como o próprio admitiu, “uma sombra” de si mesmo, tendo como melhor resultado o quinto lugar do curto contrarrelógio da primeira etapa.

“Eu só posso ganhar aos que estão na discussão e bater o [Tadej] Pogacar também é muito prestigiante”, pontuou, depois de hoje relegar o camisola amarela para a terceira posição em Lausana.

O ciclista da Jumbo-Visma, que deixou o australiano Michael Matthews (BikeExchange-Jayco) em segundo, reconheceu que se sentiu no limite e que teve “dificuldades em seguir os trepadores” até aos 300 metros finais da tirada, onde o terreno era mais plano.

Van Aert lembrou que “nunca é fácil ganhar, ainda menos no Tour”, apesar de ter vencido etapas nas quatro edições em que participou.

Depois de celebrar pela segunda vez neste Tour, ‘WVA’ soma já oito triunfos na ‘Grande Boucle’, o mesmo número de Pogacar (UAE Emirates, o bicampeão em título e o atual líder da geral.