A União Ciclista Internacional (UCI) aprovou hoje uma moção em que nega continuar a reexaminar o passado do ciclismo, preferindo concentrar-se no combate antidoping no presente para garantir o futuro das novas gerações.
«Não há qualquer sentido em continuar a reexaminar o passado de substâncias que então eram indetetáveis e estigmatizar a modalidade para as novas gerações agora que a situação evoluiu consideravelmente devido aos esforços da UCI», pode ler-se na moção aprovada por maioria (38 votos em 42) no congresso anual do organismo, que decorre na cidade holandesa de Maastricht.
Na nota está ainda reforçada a confiança dos congressistas na liderança da UCI, no seu combate contra ao doping ao longo dos anos e o pedido para que a organização que tutela o ciclismo mundial lide com os casos em curso seguindo as regras e ignore a tentativa de exploração comercial dos «dolorosos aspetos do passado» da modalidade.
A UCI reconhece o seu fracasso em detetar alguns casos de doping, mas relembrou que usou «todos os métodos disponíveis» e fez «todos os esforços possíveis» para lutar contra a dopagem, tendo inclusive sido pioneira na adoção do passaporte biológico.