Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) revelou-se hoje “muito contente” por ainda estar de amarelo, após uma 13.ª etapa da Volta a França em bicicleta em que perdeu tempo para um Tadej Pogacar (UAE Emirates) “mais explosivo”.

“O meu objetivo hoje era conservar a camisola amarela e ainda estou de amarelo, por isso estou muito contente. Eu sei que num final como este, ele [Pogacar] é bem mais explosivo do que eu, por isso estou satisfeito [por ter perdido apenas quatro segundos]”, assumiu o campeão em título, que viu o esloveno ganhar-lhe outros quatro segundos devido às bonificações por ser terceiro no alto do Grand Colombier.

O dinamarquês de 26 anos, que foi quarto na etapa ganha pelo polaco Michal Kwiatkowski (INEOS), tem agora a amarela presa por apenas nove segundos, mas continua a acreditar nas suas forças, embora reconheça que “Tadej é um dos melhores ou o melhor” ciclista do mundo e “um rival muito difícil”.

“As etapas dos próximos dias serão interessantes. Sinto-me muito bem, estou em boas condições, estou muito satisfeito pela forma como as coisas me estão a sair. Aguardo pela próxima semana, darei o meu melhor”, prometeu.

Vingegaard, que foi segundo na Volta a França de 2021 atrás precisamente de Pogacar, garantiu não sentir pressão para renovar o título. “Não estou ansioso: se vencer o Tour, ótimo, se não, terei dado o meu melhor”, sustentou.

Após uma nova vitória, ainda que pequena, no duelo com o camisola amarela, ‘Pogi’ também era um homem moderadamente satisfeito, por considerar que a sua missão só foi “mais ou menos” cumprida.

“Teria sido bom conseguir a vitória, mas grande mérito da fuga. O Michal Kwiatkowski estava super forte hoje. No final, também foi um dia bem-sucedido para nós, recuperei alguns segundos, por isso foi um bom dia”, analisou o segundo da geral.

O bicampeão do Tour (2020 e 2021) tem vindo a encurtar paulatinamente as distâncias para o líder da Jumbo-Visma e, hoje, após a 13.ª etapa, confessou que o plano passa precisamente por ir ‘roubando’ segundos aqui e ali a Vingegaard.

“O Tour ainda é longo, é uma situação boa para nós. Agora, vamos dia a dia e tenta aproveitar estas oportunidades para ganhar segundos”, declarou.

O líder da juventude elogiou ainda a “boa performance” da UAE Emirates, considerando que todos os seus colegas “podem retirar confiança e motivação” da tirada de hoje, apesar de não terem vencido. “Mas foi, digamos, uma vitória na luta pela geral”, rematou.

Protagonista de uma das mais belas rivalidades da história recente do ciclismo, o esloveno de 24 anos também elogiou o seu arquirrival, “um corredor muito bom, um dos melhores trepadores do mundo que é difícil fazer descolar”.

“Hoje, tentei com um sprint longo, e temi não poder terminá-lo, mas, no final, consegui uns segundos que valem a pena”, concluiu.

O duelo entre os dois primeiros da geral – o terceiro é o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe), já a 02.51 minutos – prossegue no sábado, nos 151,8 quilómetros alpinos entre Annemasse e Morzine, que incluem três contagens de montanha de primeira categoria e uma de categoria especial, a 12 quilómetros da meta, que os ciclistas irão alcançar após uma descida a grande velocidade.