O diretor desportivo da Efapel, Rúben Pereira, afirmou hoje que espera disputar a Volta a Portugal em bicicleta no mês de setembro, após a organização da prova ter anunciado hoje o adiamento.

A 82.ª edição da corrida iria decorrer entre 29 de julho e 09 de agosto, mas a autorização "tardia" da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Governo quanto à retoma do ciclismo, num tempo marcado pela pandemia de covid-19, ditou o adiamento, considerou o responsável pela equipa sediada em Ovar.

"A aprovação da DGS e do Governo foi um pouco tardia, o que levou a que existisse um curto espaço de tempo para a organização total da prova. Só estamos a um mês da data que estava prevista para o evento. Isso obriga a organização a adiar a prova, à partida para o mês de setembro", realçou à Lusa.

Líder da formação do escalão continental profissional desde 2019, Rúben Pereira vincou que o "cancelamento" da Volta a Portugal "nunca esteve em cima da mesa" e que está prevista a apresentação de "um plano B para a Volta a Portugal, com datas concretas", daqui a cerca de duas semanas.

O diretor desportivo considerou ainda "importante" que a prova rainha do calendário nacional se realize e que o ciclismo saiba lidar com um "problema mundial" como a covid-19 no regresso às estradas portuguesas, sem "dramatizar o que ficou para trás".

Independentemente da data em que a competição se realizar, Rúben Pereira prometeu que a Efapel, sob a liderança do corredor Joni Brandão, segundo classificado em 2019, 2018 e 2015, vai lutar pela camisola amarela.

"Não é por a Volta ser em agosto ou em setembro que os objetivos da equipa vão mudar. Queremos estar na discussão da Volta a Portugal, com o Joni, que é o nosso líder assumido, ou qualquer outro ciclista. Sabemos da grande qualidade do pelotão nacional, mas queremos correr com motivação e com muita responsabilidade perante os nossos patrocinadores", frisou.

A 82.ª Volta a Portugal em bicicleta, que estava prevista entre 29 de julho e 09 de agosto, foi hoje adiada para data a determinar, devido à pandemia de covid-19, anunciou a organização.

“Com a evolução da pandemia, nos termos propostos na revisão do plano sanitário e tendo em conta as manifestações públicas e particulares de não autorização da passagem e permanência da Volta a Portugal em Bicicleta por diversos municípios integrantes do percurso da prova, as duas entidades concluíram que não se encontram reunidas, por ora, as condições necessárias para a realização da 82ª Volta a Portugal Santander no mês de Agosto”, justificou a Podium Events, em comunicado conjunto com a Federação Portuguesa de Ciclismo.

Na nota, a organização informa que “a Podium e a FPC estão neste momento a equacionar outros cenários e a procurar ativamente encontrar com os seus parceiros uma data alternativa para a realização do evento, ainda em 2020”.