Declarações após a quarta etapa da 47.ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta, um contrarrelógio de 20,3 quilómetros em Lagoa vencido pelo dinamarquês Kasper Asgreen (Deceuninck-QuickStep):

Kasper Asgreen, Din, Deceuninck-QuickStep (vencedor da etapa): “Penso que a equipa apresenta um bom nível nos contrarrelógios, temos um longo historial neste tipo de provas. Temos ciclistas que gostam de se focar nesta especialidade, é fantástico.

Sabia de antemão que o Benjamim Thomas tinha o melhor tempo do percurso e, quando bati o seu registo, sabia que agora o recorde era meu.

Mais importante, no entanto, foi ter salvaguardado o longo historial de vitórias da equipa nesta especialidade e conseguir mais um triunfo aqui no Algarve.

Este é um contrarrelógio de força, de potência, mas no qual é muito difícil encontrar um bom ritmo, porque há muitas curvas, é muito técnico e realmente faz a diferença reconhecer o percurso. Tive a sorte de termos estado aqui em estágio por várias vezes nos últimos anos e, apesar de correr pela primeira vez a Volta ao Algarve, conhecia muito bem o percurso.

Tive um bom ‘feedback’ dos meus colegas que fizeram primeiramente a prova e optei, na segunda metade, por acelerar a fundo e, sinceramente, acho que foi aí que ganhei”.

Rafael Reis, Por, Efapel (segundo na etapa): “Não estava à espera de bater o recorde do percurso, mas também estamos numa altura diferente do ano. O vento estava ligeiramente diferente das outras vezes: estava a bater meio de lado na primeira parte do percurso, e nos outros anos estava de frente.

Estou bastante contente com este contrarrelógio e com a oportunidade que a Efapel me deu para estes próximos dois anos. Acho que as coisas podem correr muito bem.

Estamos a falar de fevereiro, e agora estamos a falar de maio. O vento estava realmente diferente. Na subida do Carvoeiro, estava de costas, o que não acontecia em fevereiro, nos outros anos.

Eu preparei-me muito bem para este contrarrelógio, a equipa acreditou em mim. O meu principal objetivo era o ‘crono’, e estou bastante orgulhoso”.

Ivo Oliveira, Por, UAE Emirates (sexto na etapa): “Fiz o meu melhor, estamos perto dos tempos do ano passado. É óbvio que o vento também é um fator a ter em conta.

Foi um dos melhores ‘cronos’ que fiz até hoje, mesmo não tendo referências, porque perdi o meu computador no primeiro quilómetro. Fui sem referências o contrarrelógio inteiro, fui um bocado por sensações, o que eu não gosto muito, mas teve de ser. Tendo conta esse percalço, fiz um muito bom ‘crono’.

[Camisola de campeão nacional] ajuda sempre. Adoro fazer contrarrelógio, ainda por cima tendo a camisola de campeão nacional. É sempre uma motivação extra e correr em casa ainda mais, ouvir o meu nome na estrada… foi bestial.

Não quero ser o melhor português, eu queria ser o melhor da etapa. Isso é o que me interessa a mim. Ser o melhor português da etapa dá-me igual, sinceramente”.

Ethan Hayter, GB, INEOS (líder da geral individual): “Estou bastante maltratado, para ser honesto. Foi uma queda a alta velocidade: Abordei mal a curva e havia um pouco de areia, perdi a aderência e fui a deslizar pelo asfalto. Felizmente, não perdi muito tempo a verificar que estava ok, e, felizmente também, não bati com a cabeça com muita força.

Fiz o que podia para limitar as minhas perdas e salvar a camisola amarela.

Ainda não pensei muito bem como o farei amanhã [domingo, no Malhão]. Quem é o segundo classificado? [João Rodrigues]... ok. Acho que se resumirá à última subida. Espero poder estar ao mesmo nível que na Fóia e segurar a camisola”.

João Rodrigues, Por, W52-FC Porto (segundo na geral individual): “Não correu como queria ou como era expectável. Nunca consegui fazer um bom contrarrelógio neste circuito, mas, pronto, estou a 12 segundos.

Amanhã [domingo], é uma etapa dura, no alto do Malhão, que conheço bastante bem e, claro, estando atrás, vamos tentar atacar para tentar vencer a classificação geral.

Estamos perto do camisola amarela, vamos tentar fazer tudo por tudo para vencer. Se não for possível, vamos de consciência tranquilo porque demos tudo na estrada.

Só lhe tenho de dar os parabéns [a Ethan Hayter] por ter conseguido manter a camisola amarela. Infelizmente, teve aquele azar [queda], o que é sempre mau para um atleta. Se calhar, amanhã [domingo] vai acordar um pouco durinho, que pode influenciar um bocadinho.

[Tática para o Malhão] Ainda é algo que vamos falar na reunião da equipa e delinear uma estratégia para tentar vencer. Ainda está tudo em aberto”.

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