A Volta ao Algarve sai hoje para a estrada, depois de a sua realização ter estado envolta num clima de incerteza. A 39ª edição não apresenta tantas ‘estrelas’ como em anos anteriores, mas conta com os portugueses Tiago Machado e Rui Costa para um duelo nacional pela vitória, algo que já não acontece desde 2006.

Com 20 equipas (e a seleção de Angola) e 165 ciclistas inscritos, o diretor Cândido Barbosa expressa o seu otimismo relativamente à prova, apesar da sua redução para quatro etapas em 2013.

«Queremos proporcionar a todos os amantes da modalidade um bom espetáculo de ciclismo. A questão de fundo era não deixarmos cair a Volta ao Algarve, porque a Associação do Algarve construiu durante bastantes anos esta monstruosa corrida, em que temos 70 a 80 por cento de ciclistas internacionais ao mais alto nível. Ao se conseguir pôr a corrida novamente de pé, é preciso manter este nível e proporcionar uma boa competição», afirma o ex-ciclista ao SAPO Desporto.

O contexto de crise económica e os sucessivos escândalos de doping que abalaram a modalidade nos últimos tempos fizeram sentir-se de forma evidente na organização desta ‘Algarvia’. A somar a estes fatores está ainda a disputa em simultâneo do Tour de Omã, que ‘desviou’ muitas das estrelas que iniciavam a preparação da época em solo lusitano.

Apesar de reconhecer o peso das adversidades, Cândido Barbosa manifesta a sua confiança na apresentação de um bom cartão de visita para o ciclismo.

«Foi sem dúvida mais difícil. Houve mais dificuldades, acentuadas pela crise económica. No entanto, a ‘Algarvia’ vai para a estrada e certamente será um bom espetáculo para todos os amantes do ciclismo», sentenciou.

A Volta ao Algarve arranca esta quinta-feira e termina no domingo, estando a partida da primeira etapa marcada para as 10h50. A tirada vai ligar Faro a Albufeira, num total de 198,8 quilómetros, sendo o sprinter Mark Cavendish o grande favorito à vitória.