Momentos antes de o pelotão sair para a estrada para cumprir os 175,8 quilómetros até Setúbal, o Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho foi oficialmente inaugurado em Torres Vedras, num momento festivo que reuniu miúdos das ‘escolinhas’ de ciclismo, entidades como o Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, e amantes da modalidade, desejosos de conhecer os ‘tesouros’ escondidos dentro do moderno edifício.

“Este é um dia de grande satisfação e cremos que a abertura do Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho impactará muito quer em relação aqui ao nosso território, porque era uma ambição já de muitos anos para os torrienses e para toda a gente ligada ao ciclismo, quer em termos nacionais e até internacionais, porque efetivamente é uma situação única, um museu deste tipo”, declarou a presidente da autarquia.

Laura Rodrigues destacou as “características especiais” do museu, apontando a sua modernidade e a exaustividade de informação que disponibiliza “relativamente àquilo que são os nossos ciclistas e as nossas glórias”.

“Faz também o enquadramento daquilo que é a evolução do ciclismo em termos nacionais e em termos internacionais, com a exposição permanente […]. Depois, uma parte mais imersiva, a que chamamos a exposição temporária, e que é fundamentalmente dedicada aos mais jovens”, enumerou, esperando que esta leve os mais pequenos a poderem viver “o que é o ambiente do ciclismo e da bicicleta”.

A presidente da Câmara de Torres Vedras disse ainda que o Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho terá também um serviço educativo, com o objetivo de promover programas relacionados com a mobilidade e a importância da bicicleta.

“Queremos que, para além de mostrar aquilo que tem sido o ciclismo e que foram as nossas glórias, possa realmente ter um papel muito grande naquilo que será o futuro da bicicleta no meio da nossa população”, concluiu.

Presente na inauguração, João Paulo Rebelo enalteceu a inauguração do museu como um momento de celebração do desporto e, particularmente, de “um homem e uma modalidade, que é o ciclismo, tão popular”.

“Este museu vai contribuir, também para o aumento desta cultura desportiva no nosso país”, manifestou.

Joaquim Agostinho é considerado o melhor ciclista português de todos os tempos, por ter concluído, entre outros feitos, 11 grandes Voltas no ‘top 10’.

Nascido em Torres Vedras em 07 de abril de 1943, o antigo ciclista, que morreu em 1984 na sequência de uma queda sofrida na Volta ao Algarve, foi duas vezes terceiro classificado no Tour (1978 e 1979) e vice-campeão da Vuelta em 1974, tendo também vencido a Volta a Portugal em três ocasiões (1970-1972).

Ao passar diante do museu, nos metros iniciais da primeira etapa, o pelotão parou para homenagear Agostinho, antes de seguir caminho rumo a Setúbal, onde termina a primeira das 10 etapas em linha da 82.ª edição, que arrancou na quarta-feira, com um prólogo em Lisboa, que levou à amarela o português Rafael Reis (Efapel).