“A equipa Efapel traz um bloco muito forte para a Volta a Portugal. Acima dos objetivos individuais, está sempre o objetivo do nosso coletivo. Partimos com o objetivo de estar na luta pela Volta a Portugal com o António Carvalho, e isso é o que temos de meter na cabeça”, indicou Frederico Figueiredo.

Em declarações aos jornalistas durante a apresentação das 18 equipas participantes na 82.ª edição da prova rainha do calendário nacional, que arranca na quarta-feira, em Lisboa, o terceiro classificado da última edição, que prognosticou “uma corrida muito aberta por aquilo que se tem visto durante o ano”, apontou para o seu colega António Carvalho como principal candidato da sua equipa, um epíteto que o próprio evita.

“A estrada é que o vai dizer. Eu não me meto em bicos de pés sobre nenhum colega meu. Temos o Frederico Figueiredo, que foi terceiro no ano passado e acabou de ganhar o [Troféu] Joaquim Agostinho. Temos o Mauricio Moreira, que ganha o [Volta ao] Alentejo e o [Grande Prémio do] Douro da maneira que ganhou. Temos o Rafael Reis, que espero que amanhã [quarta-feira] vença o prólogo, para, pelo menos, andarmos um dia de amarelo”, enumerou.

Sexto classificado no ano passado e quarto na temporada anterior, Carvalho lembra que “só um pode ganhar” e que é preciso estar em boa forma para fazê-lo, ‘sacudindo’ o favoritismo para a rival W52-FC Porto, do campeão em título, Amaro Antunes, e do seu antecessor, João Rodrigues, e também de Joni Brandão, o homem com quem ‘chocou’ dentro da Efapel na edição especial de 2020.

“Ao menos na nossa mente, [o objetivo] é fazer melhor do que no ano passado, em que ganhámos duas etapas e fomos quartos na geral. Se vencermos duas etapas, e fizermos pódio, já é uma grande Volta para nós”, revelou.

Crónico candidato ao triunfo final, o bicampeão Gustavo Veloso – venceu em 2014 e 2015 – e vice-campeão de 2013, 2016 e 2020 foi mais incisivo em declarar-se candidato.

“É claro que tenho um sonho que é despedir-me o mais alto possível no último ano em que corro a Volta. Digamos, que é um sonho. Aspiro ao máximo, mas também sei da dificuldade que é, tenho os pés no chão, sei que o FC Porto é a equipa mais forte dos últimos anos. Saí dali, sei como trabalham, a fortaleza que têm ao nível coletivo e individual”, sustentou o veterano da Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel.

O galego de 41 anos deixou os ‘dragões’ após oito temporadas, mas rejeita que esse profundo conhecimento que tem do adversário possa funcionar a seu favor.

“Eles também me conhecem a mim. No final, a maneira de correr não vai mudar muito nem para eles, nem para mim. Sei os meus pontos fortes e os meus pontos fracos. Tenho a certeza que eles vão tentar eliminar os rivais, não apenas a mim, mas a todos. Eles correm para ganhar. Têm essa mentalidade. Eles também sabem que estou aqui para tentar concretizar esse sonho. Mas, independentemente do resultado, vou sair do ciclismo de cabeça alta e com uma carreira quase melhor do que sonhei que ia ter”, confidenciou à Lusa.

Outro dos incontornáveis da lista de favoritos é Vicente García de Mateos, que também se mudou do Louletano, no qual passou as últimas sete épocas, “com o objetivo de preparar esta Volta para tentar dar o máximo e tentar discutir a geral”, como já fez outras vezes, nomeadamente em 2017 e 2018, edições em que foi terceiro.

“Trabalhámos duro e a equipa inteira está preparada para dar luta nesta Volta e tentar lutar pela camisola amarela. No ano passado, [a Volta] não correu bem. No ano anterior, foi um problema de saúde que me mandou para casa, mas, claro que sei o que é estar na discussão da Volta. Já ganhei seis etapas – é uma frase que se diz muito rápido, mas não se consegue tão rápido. Sei o caminho, só tenho de seguir o que já fiz antes”, notou o espanhol da Antarte-Feirense, em declarações à Lusa.

O sonho do pódio também motiva João Benta, o líder da Rádio Popular-Boavista, que no ano passado foi quinto da geral.

“Acho que me preparei o suficiente para estar nas melhores condições e agora é esperar que as coisas saiam naturalmente e tentar lutar pelo melhor possível. Todos os anos digo o mesmo: que vou melhorar os anos anteriores. E se assim for, em 2024, ganharei a Volta. Tentar um lugar no pódio seria bom. Mas é ir dia a dia”, disse à Lusa.

A 82.ª Volta a Portugal inicia-se na quarta-feira, com um prólogo de 5,4 quilómetros com partida e chegada à Praça do Império, em Lisboa – que hoje acolheu a apresentação das equipas -, e termina em 15 de agosto, com um contrarrelógio nas ruas de Viseu.

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