A Eslovénia é a nação em destaque na Vuelta2019 em bicicleta, graças a Primoz Roglic, cada vez mais seguro da camisola vermelha, e ao jovem Tadej Pogacar, terceiro da geral e vencedor de duas etapas de alta montanha.
A segunda consagração de Pogacar, de apenas 20 anos, foi hoje, no Alto de Los Machucos, onde chegou apenas na companhia de Roglic, que muito cavalheirescamente não disputou a vitória com o mais novo, ainda a 'saborear' o tempo ganho à concorrência, especialmente aos colombianos Nairo Quintana e Miguel Angel Lopez e ao espanhol Alejandro Valverde.
Pogacar, que Portugal viu este ano ganhar a Volta ao Algarve, já não é um desconhecido e no ano passado foi um autoritário vencedor da Volta a França do Futuro.
O final da etapa Bilbau-Los Machucos, 166,4 quilómetros com grande dificuldade final, em plenos Cantábricos, confirmou Pogacar como um trepador de excelência e Roglic, terceiro do Giro, como sério candidato a vitórias em grandes voltas.
Brilhante nas rampas de Los Muchachos, que chegavam a 25/%, Pogacar atacou forte, quando ainda havia fugitivos à frente na etapa. Passou por eles, com Roglic na sua peugada, e ganhou a 13.ª etapa da Vuelta em 4:28.26 horas.
Já vencedor em Cortals d'Encamp, Pogacar é já a grande figura da prova, a par do seu compatriota, seguindo com a camisola branca do prémio da Juventude e com o pódio final em vista.
Em terceiro, na etapa de hoje, a 27 segundos, terminou o francês Pierre Latour, da AG2R La Mondiale, o último dos fugitivos, 'caçado' a quilómetro e meio do final.
Na geral, Roglic tem agora 2.25 minutos de avanço sobre o espanhol Alejandro Valverde (Movistar) e 3.01 sobre Pogacar. Os quarto e quinto lugares são para os colombianos Miguel Angel López (Astana) e Nairo Quintana (Movistar), que passam a estar a 3.18 e 3.33, respetivamente.
Mesmo sem ganhar a etapa, Roglic foi hoje um 'vencedor', pelo tempo ganho a Valverde, López e Quintana, numa etapa que encarou com grande serenidade, ele que desde o contrarrelógio é confortável líder da prova.
Ruben Guerreiro (Katusha) foi um dos que integrou a fuga que ainda abordou Los Machucos na frente, terminando em 11.º, a 1.13 de Pogacar. O português, ciclista mais bem classificado da sua equipa, por larga margem, confirma-se como um trepador de qualidade, nesta sua primeira grande volta.
Na etapa, Nelson Oliveira (Movistar) foi 54.º, a 13.18, enquanto que Ricardo Vilela (Burgos BH), Domingos Gonçalves (Caja Rural) e Nuno Bico (Burgos BH) chegaram depois e com mais tempo perdido.
Subindo a 19.º, Guerreiro continua a ser o melhor luso e está agora a 18.13. Oliveira é 61.º, a 1:25.07, Vilela é 95.º, a 1:52.05, Gonçalves 121.º, a 2:15.32, e Bico 163.º, a 3:05.09.
No sábado, a etapa é muito mais calma, com apenas uma montanha de terceira, nas Astúrias, entre San Vicente de la Barquer e Oviedo, em 188 quilómetros. Parece ser uma ocasião para os sprinters, que hoje passaram bastante mal.
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