O italiano Elia Viviani (Quick-Step Floors) venceu hoje ao ‘sprint’ a 10.ª etapa da Volta a Espanha, a segunda na presente edição e a 17.ª da temporada, num dia de alegria dupla para a sua equipa.

O campeão italiano de fundo, que já tinha vencido no terceiro dia, cumpriu os 177 quilómetros entre Salamanca e Fermoselle em 4:08.08 horas, batendo o tricampeão mundial, o eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe), segundo, e o também italiano Giacomo Nizzolo (Trek-Segafredo), terceiro.

Para Viviani, esta é a 17.ª vez de erguer os braços em 2018, depois de vitórias como a Clássica de Hamburgo, o campeonato italiano de fundo, quatro etapas na Volta a Itália, na qual venceu a classificação por pontos, ou a Volta ao Dubai.

O dia foi duplamente positivo para a Quick-Step Floors, que viu o italiano triunfar sem contestação no ‘sprint’ final, depois de um bom trabalho de preparação por parte da equipa, horas depois de o francês Julian Alaphilippe vencer a terceira etapa da Volta a Grã-Bretanha.

Tudo somado, foi o 60.º triunfo para a equipa belga, que também conseguiu triunfos no ‘Tour’, por Alaphilippe e o colombiano Fernando Gaviria, na Volta a Califórnia ou em várias clássicas, como La Fléche Wallone, Liège-Bastogne-Liège ou a Volta a Flandres.

“É um bom sentimento, ganhar duas vezes na ‘Vuelta’ depois de quatro vitórias no ‘Giro’. É, simplesmente, a continuação de uma temporada fantástica”, disse, no final, o vencedor da etapa, de 29 anos, contente por vencer adversários “difíceis”.

Mesmo sendo “difícil” pensar num terceiro triunfo, Viviani espera estar outra vez “no momento perfeito com a equipa perfeita”.

Ainda assim, o segundo lugar de Sagan permitiu-lhe ultrapassar o espanhol Alejandro Valverde (Movistar) na classificação por pontos, passando a envergar a camisola verde por uma diferença de dois pontos.

Antes do ‘sprint’, em que poucos velocistas puderam acompanhar Viviani na reta final, com o segundo classificado a cortar a meta atrás da roda traseira do italiano, o dia foi animado pela fuga do português Tiago Machado (Katusha Alpecin) e do espanhol Jesús Ezquerra (Burgos-BH).

O português foi mesmo o último a ser apanhado pelo pelotão, à entrada dos últimos 30 quilómetros, antes de uma ‘vaga’ de furos afetar vários candidatos à geral.

O camisola vermelha, o britânico Simon Yates (Mitchelton-Scott) foi um dos afetados, mas teve com ele quatro elementos da equipa para recuperar, mas também o holandês Wilco Kelderman (Sunweb) ou o português Nelson Oliveira (Movistar).

Os ‘azarados’ acabaram por se reintegrar no pelotão, que impôs um ritmo alto até à chegada, num dia em que não houve alterações nos primeiros lugares da classificação geral, que continuará a ser encabeçada por Yates, com um segundo de vantagem para o segundo, Valverde, e 14 para o terceiro, o colombiano Nairo Quintana (Movistar).

Oliveira e Machado acabaram por perder tempo face ao pelotão, cortando a meta em 124.º e 120.º, respetivamente, a 22 segundos do vencedor.

Ainda assim, o ciclista da Movistar subiu ao 78.º lugar da geral e é o luso mais bem posicionado, enquanto o homem da Katusha Alpecin melhorou duas posições para 85.º.

Integrado no pelotão, José Gonçalves (Katusha Alpecin) foi 49.º e subiu ao 111.º da geral, enquanto José Mendes foi 84.º na etapa e recuperou para 81.º na classificação.

Na quarta-feira, os ciclistas enfrentam uma ligação de 207,8 quilómetros, entre Mombuey-Ribeira Sacra e Luintra, na 11.ª etapa, que apresenta quatro contagens de montanha e um teste aos candidatos à vitória final.