O ciclista britânico Chris Froome (Sky), que hoje venceu a Volta a Espanha pela primeira vez, afirmou em Madrid que o triunfo é “simplesmente incrível” e um êxito que procurava há seis anos.

“Tenho estado a lutar por esta vitória durante seis anos e em três fiquei no segundo lugar. Por isso, é fabuloso chegar ao primeiro lugar pela primeira vez”, explicou o britânico, de 32 anos, já depois de ter subido ao pódio na praça Cibeles para receber o troféu de vencedor da geral, da classificação combinada e da tabela por pontos.

Froome, que em julho venceu também a Volta a França, concluiu a ‘Vuelta’ com 2.15 minutos de avanço sobre o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Mérida), segundo, e 2.51 face ao russo Ilnur Zakarin (Katusha-Alpecin), que fechou o pódio.

O camisola vermelha destacou ainda o feito "maravilhoso e emocionante" de conseguir a 'dobradinha' Tour-Vuelta, que não acontecia há 29 anos, quando o francês Bernard Hinault conquistou as duas provas, "ainda por cima por ser a primeira vez desde que as provas são separadas por um mês".

Quanto à 72.ª edição da ‘Vuelta’, classificou-a como “uma prova incrível e a mais dura” que já disputou, mostrando-se satisfeito por ter vencido também a tabela da regularidade.

“Apercebi-me que seria a única ocasião da minha vida para tentar ganhar a classificação por pontos de uma grande volta. Demos tudo e conseguimos”, explicou.

O chefe de fila da Sky intrometeu-se entre os ‘sprinters’ nos últimos metros para terminar em 11.º e garantir, por dois pontos, o triunfo na classificação secundária.

“’Sprintar’ supõe um risco por causa das possíveis quedas, mas eu sou ciclista, Quero competir e era a única oportunidade para ganhar por pontos. Tinha, pelo menos, que tentar”, justificou.

Na hora de celebrar, Froome lembrou o trabalho da sua equipa, que fez um “trabalho fantástico”, e de “todos os que contribuíram para estes meses assombrosos”.

Quatro vezes vencedor da Volta a França, o britânico confessou ter “a mente aberta” quanto à possibilidade de participar na Volta a Itália, a única das três ‘grandes voltas’ que não venceu.

“Ainda não sei (quanto a participar no ‘Giro’, em 2018). Tenho a mente aberta a essa possibilidade e vou pensar, mas alguma vez terei de tentar”, concluiu.

‘Froomey’ está pré-convocado pela seleção da Grã-Bretanha para os Mundiais de estrada, que vão decorrer em Bergen, na Noruega, de 16 a 24 de setembro, onde deverá participar no contrarrelógio por equipas e no ‘crono’ individual.

O britânico não corre os Mundiais desde 2014, e não participa no ‘crono’ individual desde 2009, embora tenha conquistado duas medalhas de bronze na modalidade em Jogos Olímpicos, primeiro em 2012 e depois em 2016.