“Não foi correto, não pode acontecer. As pessoas avançam rapidamente como se nada tivesse acontecido, mas eu não tenho essa hipótese. Não quero que o meu desporto seja assim e quero deixar bem clara a minha posição”, declarou o esloveno de 32 anos, citado pela equipa.
Roglic, vencedor das últimas três edições, caiu nos últimos metros da 16.ª etapa, que ainda veio a concluir, acabando por abandonar antes do arranque da 17.ª.
Hoje, consegue “caminhar um pouco”, algo que já o faz “feliz”, numa recuperação lenta que pode ter-lhe custado o resto da temporada, mas continua irritado com o que diz ter sido “uma queda inaceitável”.
“Nem toda a gente a viu como aconteceu. Não foi pela estrada ou falta de segurança, mas o comportamento de um ciclista [Fred Wright]. Não tenho olhos nas costas, se não teria aberto a trajetória. Wright veio de trás e tirou-me o guiador das mãos antes que me apercebesse”, criticou.
O diretor-executivo da equipa, Richard Plugge, lidera a associação que representa os interesses das equipas profissionais e elogiou os esforços que têm sido envidados por mais segurança para corredores nas estradas.
“Os estudos mostram que o comportamento de ciclistas é culpado de metade dos casos [de quedas e outros incidentes em prova]. (...) Estou feliz que o Primoz tenha falado, ao olhar-se ao espelho, e também a apontar o dedo a certos comportamentos”, declarou.
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