O espanhol Alejandro Valverde (Movistar) conseguiu hoje, aos 38 anos, vencer pela segunda vez na 73.ª edição da Volta a Espanha em bicicleta, ao bater ao ‘sprint’ o eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe) na oitava etapa.
Valverde, que já tinha triunfado no segundo dia e é segundo na geral, cumpriu os 195,1 quilómetros entre Linares e Almadén em 4:35.54 horas, batendo Sagan, tricampeão mundial e favorito na etapa, e o holandês Danny van Poppel (LottoNL-Jumbo), terceiro.
O espanhol enverga a camisola verde e hoje reforçou a liderança da classificação por pontos, além de se aproximar do líder da geral, o francês Rudy Molard (Groupama-FDJ), seguindo agora a 37 segundos da camisola vermelha.
Vencedor da ‘Vuelta’ em 2009, ‘El Bala’ não vencia mais que uma etapa em Espanha desde 2012, mas continua uma temporada recheada de sucessos, depois de vitórias na Volta a Abu Dhabi, na Volta à Catalunha, na Volta à Comunidade Valenciana e de ter sido segundo nos nacionais espanhóis.
Com um final que afastava da luta pela vitória os ‘sprinters’ puros, o dia parecia favorecer Sagan, mas um furo nos últimos 50 quilómetros afetou o tricampeão mundial em título.
Ainda assim, o eslovaco conseguiu reintegrar-se no pelotão e, nos últimos metros, parecia ter lançado o ‘sprint’ na altura certa, mas Valverde foi mais forte e relegou Sagan para segundo.
Na sexta-feira, o corredor da BORA-hansgrohe, que este ano venceu a classificação por pontos na Volta a França, já tinha sido segundo e na terceira etapa foi terceiro, numa prova ‘atípica’ para os números que vem conseguindo.
“Sabia que esta chegada era dura, mas não sabia que seria tão dura”, confessou Valverde no final da prova, explicando que viveu um momento em que pensou que já não conseguia vencer, mas conseguiu “dar a volta” e vencer Sagan, “algo que só se consegue estando muito forte”.
O espanhol já está “contente” com o que conseguiu nesta edição, mas admite querer vencer a geral, algo que, ainda assim, é “muito difícil”.
A tirada de hoje foi animada por uma fuga de três elementos, entre eles o português Tiago Machado (Katusha Alpecin), que foi o último a ceder a posição na frente da corrida, já a menos de seis quilómetros da meta.
O dia de hoje fica ainda marcado pelo primeiro abandono desta edição, no caso o holandês Maurits Lammertink (Katusha Alpecin), naquela que é a primeira vez, desde 1996, que uma ‘grande volta’ regista sete etapas sem desistências.
José Mendes (Burgos-BH) é agora o português mais bem posicionado na geral, subindo ao 67.º lugar depois de cortar a meta em 98.º, enquanto Tiago Machado caiu para 70.º depois do esforço da fuga o fazer perder mais de seis minutos.
Em 77.º segue Nelson Oliveira (Movistar), hoje 109.º, enquanto José Gonçalves (Katusha Alpecin) cortou a meta em 162.º e é 114.º à geral.
No domingo, Rudy Molard defende a liderança da classificação geral na mais dura das etapas da primeira semana, uma ligação de 200,8 quilómetros entre Talavera de la Reina e La Covatilla com quatro contagens de montanha e chegada em alto.
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