O selecionador português de futebol de praia, Mário Narciso, considera que é preciso estar “mais atento” para evitar o desfecho do último Campeonato do Mundo, em Moscovo, onde Portugal ‘caiu’ ainda na fase de grupos.
“Se calhar estarmos mais atentos, se calhar facilitámos demais no último Campeonato do Mundo”, disse o treinador, em declarações à agência Lusa, lembrando a eliminação da competição e quando Portugal se apresentava como o campeão em título.
Para a 22.ª edição do Mundial, a 12.º sob a égide da FIFA, a decorrer no Dubai entre quinta-feira e 25 de fevereiro, Mário Narciso promoveu algumas alterações em relação ao último campeonato, com a entrada de cinco jogadores, entre os quais o regressado Jordan Santos.
O treinador manteve oito dos ‘eleitos’ que estiveram no Mundial2021, mas fez regressar o ‘histórico’ Jordan Santos, que esteve lesionado no último campeonato, além das chamadas de Diogo Dias, Rúben Regufe, Bernardo Lopes e Duarte Algarvio.
“Felizmente que temos o Jordan, que é uma boa ajuda, mas, infelizmente, tivemos uma baixa muito grande. Ficámos sem aquele que é um dos melhores defesas do mundo. O Rui Coimbra, que, em vésperas de embarcarmos, teve a infelicidade de ter um descolamento da retina e foi operado”, disse o treinador.
No setor ofensivo, o selecionador explicou a não convocatória de Von, que tem 94 internacionalizações e 54 golos, lembrando que teve de fazer opções perante uma lista de apenas 12 jogadores, mais um guarda-redes extra.
“Tinha de trazer dois pivôs. E penso que neste caso escolhi os dois que neste momento estão em melhor forma em Portugal. São o Léo Martins e o Miguel Pintado. Se eu pudesse trazer 15 ou 16, mas só posso trazer 12”, justificou.
No Dubai, Portugal tem uma lista de 13 convocados, perante a possibilidade de levar um terceiro guarda-redes, que estará na bancada e apenas poderá ser utilizado em caso de lesão de um dos outros dois.
O Mundial de 2024 vai ser o quinto de Mário Narciso à frente da seleção de futebol de praia, dois dos quais como campeão do mundo, em 2015 e 2019, num momento em que o treinador já leva 11 anos ao serviço da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
“Há um ou dois meses, assinei com a FPF por mais dois anos. Portanto, se calhar ainda vou estar no próximo Mundial”, admitiu o selecionador, quando questionado se ainda se via na competição do próximo ano, nas Seychelles.
Para já, segue-se o Dubai, com Portugal inserido no Grupo D e a estrear-se na competição frente ao México, na sexta-feira, seguindo-se o Brasil dois dias depois e encerrando a fase de grupos frente a Omã, no dia 20 de fevereiro.
Os dois primeiros classificados de cada grupo apuram-se para os quartos de final, agendados para 22 de fevereiro, sendo que a 'poule' de Portugal cruza-se com o Grupo C, composto por Senegal, Bielorrússia, Colômbia e Japão.
Portugal é tricampeão do mundo (2001, 2015 e 2019), mas na última edição da competição, na Rússia, não passou a fase de grupos.
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