
A Associação Académica de Coimbra - Organismo Autónomo revelou segunda-feira que a passagem dos direitos desportivos do futsal para a "casa mãe" não foi submetida em prazo útil à assembleia-geral por motivos que lhe são alheios.
A cedência dos direitos desportivos à Associação Académica de Coimbra (AAC) foi ratificada a 07 de outubro, depois de muita controvérsia entre os sócios e a direção liderada por José Eduardo Simões, que em junho cedeu os direitos desportivos sem consultar os sócios, que, na assembleia-geral de 25 de julho, já tinham decidido retirar aquele ponto da ordem de trabalhos.
«O conhecimento tardio, a 26 de junho, da decisão definitiva de aceitação, impediu que a cedência dos direitos desportivos fosse submetida a uma assembleia-geral do OAF, como impõe os Estatutos, já que o prazo estipulado pela Federação Portuguesa de Futebol para a inscrição das equipas para a época desportiva de 2013-14 terminava em 28 de junho», lê-se num comunicado enviado na segunda-feira pelo OAF.
O documento, assinado pelos três órgãos sociais da "Briosa", responde à direção-geral da AAC, que ameaçou recentemente cortar relações com o OAF se a sua direção não repor «a verdade» sobre a cedência dos direitos desportivos da modalidade de futsal.
Desde o início da época desportiva que o futsal da Académica é gerido por uma pró-secção da AAC, que aprovou a constituição de um organismo autónomo para a modalidade até ao final do ano, de forma a garantir a sua atividade dentro da "casa mãe".
No comunicado de segunda-feira, o OAF refere: «Não nos parece que alguma vez tenha sido dito que a solução possível para aceitar os direitos desportivos, aprovada por todos os órgãos competentes da AAC, fosse a criação de um Organismo Autónomo de Futsal no prazo de três a seis meses, antecedido de uma pró-secção sob a alçada da direção-geral».
Sobre o atraso na elaboração do protocolo de cedência do Pavilhão Jorge Anjinho para o futsal, os órgãos sociais do OAF explicam que se deveu, exclusivamente, «à necessidade de reformular o seu articulado em virtude da nova realidade criada pela futura constituição de um Organismo Autónomo».
Quanto à regularização das dívidas do Bingo, que, segundo o presidente da direção-geral da AAC, ascendem a «dezenas de milhares de euros», o comunicado refere que não foi aceite a proposta da direção do OAF para a sua regularização, estando a aguardar uma reunião que deverá ser marcada pelo Reitor da Universidade de Coimbra.
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