O fixo André Coelho reintegrou hoje a seleção portuguesa de futsal, a disputar o Europeu2022 nos Países Baixos, depois de ter um resultado positivo ao coronavírus SARS CoV-2 no final da concentração, em Rio Maior.

O jogador teve de ficar em isolamento durante sete dias, após ter sido infetado com o coronavírus, que provoca a doença covid-19, nas vésperas da viagem da comitiva para os Países Baixos, tendo chegado hoje à unidade hoteleira da formação das ‘quinas’.

Desta forma, o grupo liderado pelo selecionador Jorge Braz, composto por 14 atletas, encontra-se completo, continuando a preparação para o segundo duelo do Grupo A do Europeu, frente aos anfitriões Países Baixos, com o guarda-redes André Sousa a ser o porta-voz de hoje, em declarações ao sítio oficial da Federação Portuguesa de Futebol.

“Vamos ter pela frente uns Países Baixos surpreendentes, com quem jogámos há dois meses. Há muita qualidade individual numa seleção que está a emergir agora e que está a olhar para o futsal como uma boa oportunidade. Obviamente, não queremos ser surpreendidos. Queremos mostrar a nossa qualidade, fazer um jogo consistente e sólido durante os 40 minutos e só depois pensar na Ucrânia”, realçou o guarda-redes.

Portugal, que detém os títulos europeu e mundial, saiu triunfante do jogo de abertura do torneio, frente à Sérvia (4-2), mas entrou em ‘falso’ no encontro, com dois tentos do adversário nos minutos iniciais, que obrigaram os lusos a operarem uma reviravolta.

“Um dos jogos mais difíceis é sempre o primeiro jogo do Europeu, devido à ansiedade e ao nervosismo que são normais na competição. Portugal foi melhorando ao longo do jogo. Entrámos um pouco receosos, acho que faltou maior mobilidade. Tivemos pela frente uma Sérvia bastante inteligente e pragmática, surpreendeu-nos um bocadinho, mas conseguimos estabilizar e normalizar o nosso jogo”, analisou o jogador do Benfica.

André Sousa, de 35 anos, soma 104 internacionalizações ao serviço do conjunto luso e fez parte dos plantéis que venceram o Europeu2018, na Eslovénia, e o Mundial2021, na Lituânia, destacando o “ambiente excecional” que se vive na equipa das ‘quinas’.

“Já lá vão 12 anos desde que comecei a vir cá. Apanhei muitas gerações e muita coisa tem mudado. Hoje, vive-se um ambiente excecional. Nos momentos cruciais, acabamos por mostrar um espírito de sacrifício e de união entre todos bastante saudável e isso acaba por se espelhar nas vitórias. As coisas não acontecem por acaso e, muitas vezes, as vitórias caem para o nosso lado porque existe esta energia boa”, expressou o atleta.

O experiente guardião lembrou que “os jogos são muito mais equilibrados” hoje em dia, como foi evidente nos primeiros dias da prova, onde só Portugal conseguiu provar o favoritismo: “Há uma preocupação em melhorar o jogo e aprender com as melhores seleções. Os jogos tornam-se mais competitivos e mais interessantes para o público”.

Portugal defronta os Países Baixos às 17:30 locais (16:30 em Lisboa) na Ziggo Dome, em Amesterdão, após o primeiro duelo entre Ucrânia e Sérvia, às 14:30 (13:30), no mesmo local. Caso a Ucrânia não vença o seu jogo, os lusos podem garantir desde logo a passagem aos oitavos de final no primeiro lugar do Grupo A, em caso de nova vitória.