O fixo João Matos revelou hoje que “os níveis motivacionais e de confiança estão mais elevados” depois da reviravolta da seleção portuguesa de futsal com a Espanha, querendo agora alcançar uma final inédita do Mundial.

“Depois de uma boa ‘remontada’ frente à Espanha, os níveis motivacionais e de confiança estão mais elevados. Toda a gente tem noção que não podem ser excedidos e que não fizemos nem mais, nem menos, do que na Colômbia [no Mundial de 2016]. Que o amargo que ficou na Colômbia nos sirva de lição para o que aí vem, daqui para a frente”, alertou, em declarações ao sítio oficial da Federação Portuguesa de Futebol.

Para chegar às meias-finais e igualar, pelo menos, a quarta posição da última edição do Mundial, Portugal operou uma reviravolta heroica diante da congénere espanhola, ao recuperar de uma desvantagem de dois golos e, no prolongamento, triunfar por 4-2.

“Estamos motivados e queremos muito dar continuidade a este momento e a esta caminhada que temos vindo a fazer. Temos condições para isso e, agora, é só demonstrá-lo dentro de campo”, assumiu o jogador que atua no Sporting, de 34 anos.

Para chegar pela primeira vez à final do Mundial, Portugal terá de superar um último obstáculo, o Cazaquistão, que João Matos considerou “uma equipa extremamente complicada e com mérito em estar entre as quatro melhores equipas do mundo”.

“Têm alguns jogadores nossos bem conhecidos – o Taynan, que já jogou na nossa liga, o Higuita, que também chegou a jogar no Belenenses e já foi considerado o melhor guarda-redes do mundo por várias vezes, o Douglas… A evolução dos cazaques tem sido extraordinária”, avaliou o antigo companheiro de Taynan nos ‘verde e brancos’.

Para a evolução cazaque tem contribuído o Kairat Almaty, presença assídua nas fases decisivas da Liga dos Campeões, prova que conquistou duas vezes, com João Matos a elogiar a “equipa organizada” e “extremamente intensa e competitiva” do Cazaquistão, sobretudo “no processo defensivo”, tendo um treinador “competente”.

“Têm várias situações estratégicas que nos poderão complicar – não só pela qualidade dos seus jogadores, tanto no jogo de pivô como na subida do guarda-redes. Acabam sempre por complicar. Tornam-se muito difíceis quando passam para a frente do marcador. Temos de estar em alerta para todos esses aspetos, mas temos de olhar muito para nós. Acho que a ‘chave’ passa muito por aí”, analisou o experiente atleta.

João Matos fará o seu 18.º jogo em Mundiais, ultrapassando Arnaldo Pereira e sendo apenas superado por Ricardinho, no jogo com o Cazaquistão, das ‘meias’ do torneio, agendado para quinta-feira, às 20:00 (18:00 em Lisboa) na Zalgiris Arena, em Kaunas.