Pedro Sousa, jogador do Dínamo Sanjoanense, abdicou de marcar um golo ao Saavedra Guedes, depois da lesão do guarda-redes adversário, recebendo um cartão branco pelo gesto de ‘fair-play’ no duelo da 2.ª Divisão de futsal.

Em Estarreja, no domingo, após um lance aparatoso que provocou a lesão Flávio Tavares, guarda-redes do Saavedra Guedes, que pretendia iniciar um lance de contra-ataque, Pedro Sousa decidiu colocar a bola fora da ‘quadra’, numa altura em que o Dínamo Sanjoanense vencia por 2-0, atitude que lhe valeu a amostragem de um cartão branco.

O pivot da formação de São João da Madeira revela que, “apesar de a meio da segunda parte se estar a viver um ambiente efusivo com um jogo muito disputado”, percebeu a gravidade da lesão do adversário.

“Ele queria sair em contra-ataque, mas pela forma como tropeçou fiquei com a sensação de que não era uma lesão normal. Decidi colocar a bola fora, porque apesar de ter a baliza à minha mercê não quis tirar partido da infelicidade de uma lesão de um adversário”, conta.

Pedro Sousa admite que gostou “da forma como todos reagiram, tanto os jogadores, como o público, porque, por vezes, no calor do jogo, há quem não valorize certas atitudes”, garantindo que “voltava a fazer o mesmo de forma consciente”.

“Os valores do desporto são os de companheirismo e de ‘fair-play’, e quem faz parte do jogo tem sempre de se lembrar de que tem de dar bons exemplos de desportivismo”, sublinha.

O jogador lembra ainda que, quando alinhou pelo FC Foz, do Porto, teve a oportunidade de presenciar um gesto de ‘fair-play’ de um colega de equipa, que acabou por lhe servir de exemplo.

“Tivemos um penálti a nosso favor num jogo com o Bom Pastor, e o nosso jogador disse ao árbitro que não existiu falta. A decisão foi revertida e são exemplos como esse que ficam para a vida. Nunca mais me esqueci disso”, recorda.

Quem também não vai esquecer o episódio vivido no domingo, no jogo da Série A da 2.ª Divisão Nacional, que o Dínamo Sanjoanense acabou por vencer por 2-1, é Flávio Tavares, guarda-redes do Saavedra Guedes, que aguarda por um diagnóstico conclusivo da sua lesão.

“O meu pé esquerdo prendeu quando ia fazer um passe para o contra-ataque. Naquele momento nem reparei no que o Pedro Sousa tinha acabado de fazer, porque com as fortes dores que sentia nas pernas perdi a noção do que estava a acontecer. Vou continuar em avaliação e espero que não seja nada de grave”, explica.

O guarda-redes do Saavedra Guedes agradeceu o gesto, no que diz ser “uma grande atitude de uma colega de modalidade”.

“Ele percebeu imediatamente que eu estava magoado e atitudes como a do Pedro Sousa servem para mostrar que não devemos estar no desporto para pensarmos apenas em ganhar”, conclui.

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.