A seleção nacional de futsal enfrentava mais um duro e exigente treino, sob as ordens de Jorge Braz, no pavilhão do Centro Social de São João, perto de Coimbra,  O frio que se fazia sentir mesmo dentro do pavilhão afastou as pessoas das bancadas, mas há sempre uns indefectíveis que para verem os “craques” da seleção enfrentam tudo.

Por entre os "friorentos" adeptos saltava à vista a presença de Mónica Jorge. A selecionadora feminina de futebol estava ali para apoiar os seus colegas da Federação Portuguesa de Futebol. Mas havia algo mais que a movia a estar presente.

Este não era um simples treino, este campo tinha e tem para ela um significado especial. Na baliza onde treinava João Benedito, e os seus colegas guarda-redes, já Mónica Jorge havia marcado uns golos há uns anos. Sim, porque por entre o halterofilismo e o atletismo ainda houve tempo para o futsal.

Numa conversa descontraída e na hora de falar sobre essa sua carreira nesta modalidade de pavilhão, Mónica Jorge, por entre risos, sempre foi adiantando que foi curta e que o jeito não era assim muito.

«Não foi bem uma carreira...Tinha um grupo de amigas que decidiu fazer uma equipa aqui no São João. Acabámos por participar no campeonato distrital de Coimbra. Eu não era grande jogadora, mas ainda marquei um ou dois golos nesta baliza», referiu a selecionadora.

Este desafio teve lugar há quatro, cinco anos. Mónica Jorge não sabe situar temporalmente com precisão, certo é que só durou uma época porque «não havia gente suficiente para continuar e a equipa acabou».

É por isso que ter a seleção no “seu pavilhão”, e tão perto dos locais da sua infância, traz um sentimento especial.

«Aproveitei o facto de a seleção de futsal vir treinar ao São João. Isto é mesmo ao lado de onde eu moro e onde passei a minha infância. É engraçado ter os nossos colegas do futsal pertinho», disse a selecionadora.

Mas a presença da treinadora não se cingiu a um treino só. Durante os dias que a competição durou, Mónica Jorge fez questão de marcar presença em vários jogos, até porque se confessa uma «adepta do futsal a 100%».