O selecionador português Jorge Braz frisou que, apesar do enorme conhecimento mútuo entre a sua equipa e a do Cazaquistão, “há sempre forma de surpreender” no jogo dos oitavos de final do Mundial2024 de futsal.

“Há sempre forma de surpreender. O Cazaquistão vai ter coisas novas, tenho a certeza absoluta. Nós temos de estar preparados para a regularidade, tendências e identidade deles, e impedir que isso aconteça. Queremos que haja mais momentos de Portugal do que situações de jogo em que o Cazaquistão é forte. Há sempre formas de surpreender e coisas novas que podemos tentar, para que a partida seja mais Portugal”, sublinhou.

Em declarações aos jornalistas antes do derradeiro treino da equipa das ‘quinas’ para o embate dos ‘oitavos’, Jorge Braz elogiou o selecionador cazaque, o brasileiro Kaká, que “tem feito um trabalho extraordinário e estrategicamente é muito bom”, refletindo-se na equipa “muito bem organizada e a saber gerir muito bem os momentos da partida”.

“Temos 14 jogadores aqui connosco em quem confiamos totalmente. É uma vantagem de Portugal há muito tempo termos este leque de soluções e poder vir para uma fase destas e dizer que vou distribuir minutos e gerir isto do início ao final da prova. É para dar tudo em todos os momentos, este duelo é uma final e sei que tenho 14 jogadores para jogar de várias formas. É algo que me orgulho imenso. Temos muitas vantagens, temos é de olhar mais para elas e reforçá-las, para continuar a atingir objetivos”, disse.

Hoje celebra-se o dia do treinador e Jorge Braz fez questão de agradecer o trabalho e a evolução dos portugueses nesse setor, que facilita o trabalho no topo da hierarquia, e negou qualquer cenário de fadiga, por o Cazaquistão ter tido mais um dia de descanso.

“Este percurso e formato têm sempre essas ligeiras e insignificantes desigualdades de uma equipa para outra. Muito mais importante do que isso é a forma como queremos encarar o jogo. Nesta fase já não há fadiga. Deus queira que tenhamos muitas partidas acumuladas nas pernas. De certeza que não haverá fadiga física e mental”, assegurou.

Também o pivô Zicky Té marcou presença na antevisão do confronto com os cazaques, no qual afiançou esperar um jogo com o mesmo grau de dificuldade do outro Mundial, quando Portugal triunfou nas ‘meias’, no desempate através das grandes penalidades.

“Esperamos um adversário extremamente difícil. Já os defrontámos no outro Mundial, num jogo muito difícil em que os tivemos de levar de vencida nas grandes penalidades. Não esperamos um jogo diferente. Esperamos que seja difícil, mas sabemos também ser nós próprios nestas alturas. Estaremos mais do que preparados para encarar este jogo da melhor maneira”, expressou o jogador do Sporting, de 23 anos, aos jornalistas.

A equipa das ‘quinas’ apurou-se para os oitavos de final depois de consumar um pleno no Grupo E da prova, com três vitórias em outras tantas partidas (10-1 ao Panamá, 3-2 ao Tajiquistão e 4-1 a Marrocos), tendo pela frente os cazaques, segundos no Grupo D.

O encontro está agendado para quinta-feira, pelas 20:00 locais (16:00 em Lisboa), no Complexo Universal de Desportos de Andijan, frente a um Cazaquistão que operou um empate frente à Espanha (1-1) e triunfou perante a Líbia (4-1) e a Nova Zelândia (10-0).