O “poderio” da seleção portuguesa de futsal vai ser “colocado à prova” por Bielorrússia, Finlândia e Itália, os três adversários na Ronda de Elite que separam o campeão europeu da sua sexta presença num Campeonato do Mundo.
“Fruto de um passado recente, Portugal é um bom candidato a passar em primeiro lugar. É esse o nosso objetivo, é a pressão positiva que Portugal tem conquistado nos últimos anos”, afirmou Pedro Cary, em entrevista à agência Lusa.
A ‘equipa das quinas’ vai ser anfitriã do grupo A da Ronda de Elite, no qual vai defrontar “três equipas supercompetitivas, cada uma com as suas mais-valias”, sendo que Cary aponta, sobretudo, “ao primeiro jogo, com a Bielorrússia, uma equipa competitiva, forte fisicamente e que tem feito jogos muito interessantes”.
“A Itália é o nome mais falado, a equipa que pode criar mais dificuldades a Portugal, mas todos nós temos noção de que as três têm qualidade suficiente para colocar à prova o poderio português”, disse o fixo.
Aos 35 anos, Pedro Cary, que agora defende a camisola do Leões de Porto Salvo, após vários anos no Sporting e uma curta incursão por Espanha, é o segundo jogador mais internacional em atividade, com 154 jogos, logo a seguir a Ricardinho, que tem 168. Contudo, as 200 partidas não estão na mente do experiente atleta.
“Relembro uma frase do Ricardinho, que disse não querer chegar às 200, porque não quer ultrapassar o mítico Arnaldo [que tem 208 internacionalizações]. Eu vou pelo mesmo lado. Não irei chegar às 200 com toda a certeza, mais que não seja para que o Arnaldo continue a ser o jogador com mais jogos pela seleção nacional”, transmitiu, de forma bem-disposta.
Por seu lado, Bruno Coelho assumiu o desejo da equipa das quinas em passar a Ronda de Elite e estar presente no Mundial2020, embora salientando que “todas as seleções querem ganhar a Portugal”, não só por ser o campeão europeu em título, mas também “por ser uma seleção forte e por ter os jogadores que tem, como o Ricardinho e o Cardinal”.
“Temos de estar concentrados. [A Ronda de Elite] É uma competição curta, jogos em poucos dias e temos de estar no máximo das nossas capacidades para conseguirmos os resultados pretendidos”, observou o jogador do Benfica à agência Lusa.
Mesmo com a Itália inserida no grupo de Portugal, o ala, de 32 anos, assegurou que o “principal foco é a Bielorrússia”.
“Já não há seleções fracas. Estão bem preparadas, são mais competitivas e podem nos causar muitos problemas. [Os bielorrussos] Empataram com a Itália na Ronda Principal e só não passaram em primeiro do grupo pela diferença de um golo. Temos de estar preparados para essas dificuldades”, concluiu.
Portugal defronta a Bielorrússia na quinta-feira, a Finlândia na sexta-feira e a Itália no domingo, em jogos que serão realizados na Póvoa de Varzim.
Da Europa, apuram-se para o Mundial da Lituânia, que vai decorrer entre 12 de setembro e 04 de outubro, os primeiros classificados dos quatro grupos da Ronda de Elite, e os vencedores dos 'play-offs' a disputar entre os quatro segundos classificados.
Portugal procura a sua sexta participação consecutiva num Mundial, depois das presenças em 2000 (Guatemala), 2004 (Taiwan), Brasil (2008), Tailândia (2012) e Colômbia (2016), sendo que o melhor resultado ocorreu precisamente na primeira participação, com um terceiro lugar na Guatemala.
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