A formação portuguesa perdeu diante dos transalpinos por 4-3 e desta forma acabou por ser eliminada do Mundial de futsal 2012.

Primeira parte 

Num jogo dos quartos-de-final não se podia pedir melhor primeira parte do que aquela que Portugal fez perante a Itália.

Grande segurança defensiva, boas combinações e trocas de bola, e muita magia na hora da finalização através dos pés de Ricardinho. O mágico, nome pelo qual é conhecido, inaugurou o marcador no primeiro minuto, depois brilhou bem alto, ofuscando quem à volta dele se encontrava, e colocou o resultado em 3-0.Três golos para amostra e um deles para a história deste Mundial.

Quem ficasse apenas pela primeira parte, via um enorme Portugal contra uma assustada Itália. Parecia que era desta. Sentia-se no ar que  a formação lusa iria conquistar a sua primeira vitória diante destes teimosos transalpinos, que já nos tinham atirado para fora do último Europeu.

Nem a expulsão de Fernando Cardinal, a meio da primeira parte, abalou esta seleção que parecia de fortes convicções.

Segunda parte 

O sonho durou três quartos do jogo, e foi-se  transformando em pesadelo. Tudo começou num penálti convertido por Assis (1-3). A diferença diminuia-se mas André Sousa estava lá para o que desse e viesse. Era nas defesas dele que Portugal se agarrava neste conto bem real. Parecia que nada poderia entrar na baliza portuguesa face àquela muralha.

O tempo passava, devagar mas passava, e a vitória estava ali, cada vez mais perto. Porém, o avançar do cronómetro levou a Itália a apostar num natural cinco para quatro. Aí avivaram-se os fantasmas do que já se havia passado no encontro com o Japão da fase de grupos.

Veio o 3-2 por Gabriel Lima (37’). Faltavam três minutos, dois minutos, um minuto. Agora apenas segundos. Portugal defendia como podia, mas nunca mais acabava. E veio o pesadelo. Fortino empatou - a 42 segundos do fim - e agarrou a Itália ao jogo e ao prolongamento.

Pelo meio, uma arbitragem polémica parecia querer dar uma força extra aos transalpinos. Talvez porque parte da seleção italiana partilhava a nacionalidade da árbitra da partida.

Veio o prolongamento. E no tudo por tudo, Honório arrancou um forte pontapé que acabou não com o jogo, na altura, mas com o estado anímico dos portugueses que não conseguiram reagir.

A Itália segue em frente. Portugal fica pelo caminho. Repete-se  história do último Europeu de futsal. Repete-se a história dos 15 jogos entre Portugal e Itália. Ainda não foi desta que se deu a volta aos números e à estatística dos confrontos.