A seleção portuguesa de futsal ultima os pormenores antes da qualificação para o Euro 2016 que se inicia na próxima quarta-feira em solo romeno.
A renovação
Os 14 escolhidos por Jorge Braz para atacar esta fase decisiva são um misto de juventude e experiência, o que denota uma renovação e uma garantia de futuro, como João Matos assume em entrevista ao SAPO Desporto.
“Acaba por ser um processo natural que tem de existir, que traz mais vida e garante o futuro porque há muita qualidade. Se falamos de uma renovação, estamos a falar da presença assídua do Fábio Cecílio e do Tiago Brito. O Bruno Coelho já cá tinha vindo e agora está a afirmar-se cada vez mais, tal como o Djô, que já merecia estar cá há mais tempo. Faz parte e era necessário”, começou por dizer o jogador do Sporting.
João Matos, de 28 anos, viu Gonçalo Alves deixar recentemente a seleção, e tornar-se ele próprio no fixo mais experiente deste grupo. Um papel diferente, com mais responsabilidade, mas que aceitou de forma natural.
“São ciclos. Antes de eu entrar estavam cá outros fixos, outros jogadores que faziam a minha posição. Foi agora a altura de o Gonçalo Alves abandonar e de entrar o Fábio e Djô, que se está a afirmar. Já não sou dos mais novos, , mas também não sou dos mais velhos. Acima de tudo tento passar-lhes conhecimentos dentro de campo, mas também fora dele”, declarou.
A obrigação do apuramento
Para garantir a presença no Euro 2016 na Sérvia, Portugal tem de primeiro garantir o apuramento perante Geórgia, Roménia e Cazaquistão. A seleção habituou-se a estar nas grandes fases finais, e para o fixo estar na Sérvia “é uma obrigação”.
“Não faz qualquer sentido não estarmos numa fase final. Temos muita qualidade, valor, e já atingimos um patamar em que somos respeitados pelas seleções que estão num patamar igual ou superior a nós. Não faz qualquer tipo de sentido não estarmos presentes num grande palco europeu. Temos mais do que condições para lá estar, temos características individuais e coletivas que nos fazem ser favoritos perante estes adversários, e apenas temos de estar em campo cientes das dificuldades, do que temos de fazer e não vacilar”, referiu de forma confiante.
Os adversários de Portugal
Nesta conversa com o SAPO Desporto, João Matos revelou algumas ideias sobre cada um dos adversários, alertando para o que espera esta seleção nos próximos dias em Calarasi, na Roménia.
Sobre o Cazaquistão, o internacional português explica que será uma equipa que deverá jogar os 40 minutos numa estratégia de cinco para quatro dadas “as características únicas do seu guarda-redes, o brasileiro Higuita”.
Relativamente à Geórgia, será uma seleção que se apresentará com uma estratégia mais defensiva na zona dos dez metros, fará uso da sua agressividade em cada lance, e procurará as transições rápidas para surpreender Portugal.
Já a Roménia, seleção anfitriã e a mais experiente, tem jogadores “tecnicamente evoluídos” e “os experientes irmãos Matei (Florin e Marius) que são muito oportunos na hora de finalizar”.
Portugal parte para a Roménia esta segunda-feira, e tem o seu primeiro encontro com a Geórgia dois dias depois em Calarasi.
Comentários