O selecionador português de futsal, Jorge Braz, afirmou hoje que os seus jogadores têm a "responsabilidade" de vencer os encontros particulares com a Noruega, sábado e domingo, para irem com o "dever cumprido" para férias.
Depois de um jogo-treino no pavilhão da Universidade do Minho, em Guimarães, em que os seus pupilos bateram a seleção de sub-21 por 2-0, o treinador lembrou que Portugal, em estágio desde terça-feira, tem a obrigação de fazer valer o estatuto de campeão europeu, conquistado na Eslovénia, em 2018, frente aos nórdicos, em Fafe.
"O mais importante é como queremos terminar isto [a época]. Temos de ter qualidade no processo. Queremos duas vitórias para estes jogadores, que merecem, irem para férias com um sorriso, por terem cumprido com a sua responsabilidade. Uns estavam parados há algum tempo e outros jogaram a final [do campeonato, entre Benfica e Sporting]", disse.
O técnico, de 46 anos, salientou que a Noruega se distingue quer pelo "poder físico", quer pela "agressividade defensiva", e vai ser, por isso, um bom adversário para a seleção das ‘quinas' preparar a denominada ronda principal de qualificação para o mundial de 2020, na Lituânia, frente a República Checa, Letónia e Alemanha, entre 23 e 26 de outubro.
"Têm uma capacidade combativa impressionante em todos os lances. Às vezes, descaracterizam o jogo, mas provocam muito os duelos defensivos e ofensivos. Poderemos ter algumas dessas características no grupo de qualificação. É um excelente adversário para refinarmos algumas questões para a qualificação", explicou.
O treinador acrescentou que a turma escandinava está mais "dinâmica" e "rigorosa" face ao único jogo que fez com Portugal, em dezembro de 2015 - triunfo luso, por 6-1, na Póvoa de Varzim - e observou que a equipa portuguesa está modificada face a esse tempo, mantendo apenas cinco jogadores - Fábio Cecílio, João Matos, Tiago Brito Pedro Cary e Bruno Coelho.
Para Jorge Braz, a renovação da seleção é uma prova da "visão vertical" da FPF, desde os sub-15 até aos ‘AA', que privilegia a construção de "uma identidade nas seleções jovens", que ajuda a "acelerar o processo de formação" e a preparar esses jogadores para competirem ao mais alto nível, em busca de "títulos e conquistas".
Depois de se ter sagrado campeão nacional pelo Benfica, no domingo, Bruno Coelho disse já ter mudado o ‘chip' para capitanear a seleção e ajudá-la a vencer a Noruega, apesar do "cansaço face à época longa", para os jogadores das ‘águias' e do Sporting - cinco de cada equipa na convocatória.
Já o selecionador dos sub-21, José Luís Mendes, realçou a vontade de vencer a República Checa, "uma seleção de grande qualidade" e "forte do ponto de vista físico", também em Fafe, no sábado e no domingo, às 19:30, tendo ainda elogiado o potencial que existe no seu conjunto para servir a seleção ‘AA'.
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