Filipe Lima e os amadores Pedro Figueiredo e Ricardo Melo Gouveia foram hoje os melhores portugueses na volta de estreia do VI Portugal Masters em golfe, com 70 pancadas, uma abaixo do PAR do Oceânico Victoria, em Vilamoura.
Os dois jovens universitários, que estudam nos Estados Unidos, tiveram prestações de bom nível e Filipe Lima fechou a volta com um espetacular “chip in” de 90 metros, que salvou o PAR no buraco 18.
Pedro Figueiredo foi forçado a fazer quatro “drops” (três bolas na água e uma "injogável” devido a uma árvore), mas maravilhou o público com um “putt” de 15 metros no seu último buraco.
«No 18 mandei o ‘drive’ para a água. Fiz um ‘shot’ para o ‘green’ e tinha um ‘putt’ de 15 metros. Fiz um grande ‘putt’ e meti. Foi giro, no buraco com mais público, meter um ‘putt’ e ouvir uma grande ovação», explicou o jovem jogador de Azeitão, de 21 anos, que no ano passado foi o único luso a passar o “cut”.
Ricardo Melo Gouveia, também de 21 anos e em estreia absoluta no torneio, marcou três “birdies” e um “bogey”, logo no segundo buraco, e admitiu que o “nervosismo inicial” terá impedido um resultado ainda melhor.
Filipe Lima marcou um “eagle” no 12 e “bogey” no 13, numa volta marcada pela regularidade, com 16 resultados no PAR.
«Fiz 12 PAR para começar e o meu treinador [Benoit Willemart] disse-me que era hora de começar a fazer ‘birdies’e fiz: um bom ‘drive’, um ferro 3, meti o ‘putt’: três “shots” perfeitos», afirmou Lima, que este ano volta a estar relegado à competição no Challenge Tour.
Lima, Figueiredo e Melo Gouveia estão ainda assim em boas condições para garantirem sexta-feira a passagem do “cut” e a qualificação para as últimas duas voltas, no fim de semana.
A maior desilusão nas hostes lusas foi protagonizada por Ricardo Santos, o único português que joga a tempo inteiro no principal Circuito Europeu, que igualou o irmão mais velho, Hugo, com 72 “shots”, uma acima.
O algarvio, vencedor este ano do Open da Madeira, acredita que deixou «três pancadas no campo», que considera recuperáveis na sexta-feira, e ainda não perdeu a esperança de estar no Dubai, na prova que fecha a temporada do “tour”.
«Fora de questão não está. Enquanto houver torneios há sempre essa hipótese. É uma questão de trabalhar e acreditar nisso. Depois da vitória na Madeira esse passou a ser o meu foco e penso que ainda é possível estar no Dubai», comentou.
O português é 94.º da Corrida para o Dubai, mas precisa de galgar mais de 30 lugares para entrar nos 60 qualificados.
A sexta edição do Portugal Masters fica desde já marcado pelo sucesso de bilheteira, com o sol algarvio e o “field” de luxo a garantirem a venda de 3.012 bilhetes no Pro-Am (Profissionais e Amadores) e mais de 6.545 na ronda de estreia.
O PAR do Oceânico Victoria está reduzido a 71 pancadas devido a alteração do buraco 3, que passou de PAR 5 para 4, com 450 metros, uma alteração que soma mais uma dificuldade ao vento que hoje se fez sentir em particular durante a tarde.