Pedro Nunes Pedro foi eleito presidente da Federação Portuguesa de Golfe (FPG) e, em vésperas de iniciar o mandato, revela ter como prioridades o orçamento para 2025, investir em formação de treinadores, infraestruturas e no desporto escolar.
Pedro Nunes Pedro, de 59 anos, liderou o projeto ‘Juntos Somos Mais Golfe’ e, no sufrágio de 07 de novembro, venceu a lista liderada pelo ainda presidente da FPG, Miguel Franco de Sousa, com 46 votos contra os 29 do dirigente que cessa funções após um ciclo de oito anos, num universo de 80 delegados e com cinco votos nulos.
Os dias seguintes à vitória foram “intensos” e dedicados, sobretudo, a agradecer a confiança de todos os apoiantes da nova equipa, bem como a planear os próximos passos do novo quadriénio, que terá início já na quarta-feira com uma reunião de transição com a ainda atual direção e a tomada de posse dos novos órgãos sociais, agendada para 26 de novembro.
“Tendo em conta o orçamento de 2024, a prioridade imediata é avaliar e preparar o orçamento para o próximo ano. Depois, vamos começar a implementar os projetos que temos em mente e avaliar e amplificar os que já estão em vigor”, avançou, em declarações à Lusa, o gestor.
Nunes Pedro, ex-presidente do Lisbon Sports Club, um dos quatro cubes fundadores da FPG há 75 anos, a par do Oporto Golf Club, do Club Golf Miramar e do Clube de Golf do Estoril, refere-se ao investimento na formação dos profissionais de ensino, na criação de novas infraestruturas públicas (traçados de ‘pitch & putt’, ‘driving range’ e campos de 9 buracos], em zonas do país menos desenvolvidas em termos de golfe, e no desporto escolar.
“Acho que podemos fazer a diferença face ao que estava a acontecer, sem querer criticar a atual direção. Ambiciono o mesmo resultado que o Miguel [Franco de Sousa] para o golfe, mais jogadores, maior competitividade, melhores e mais condições, mas seguindo outro caminho. Capacitar os treinadores de formação, ter mais infraestruturas e o desporto escolar são as bases. Os potenciais jogadores estão nas escolas”, sublinha o gestor da área de comunicação e marketing.
Além de lembrar que “nos últimos 15 anos não nasceu nenhuma infraestrutura de golfe nova”, desde o campo do Jamor, Pedro Nunes Pedro diz ser essencial, “depois de alargar a base da pirâmide, com a formação de treinadores, desporto escolar e novos recintos públicos”, dar “mais competição aos atletas para atingir o topo da pirâmide.”
“Não me refiro a competição interna. Os nossos melhores jogadores têm de competir frequentemente com a elite europeia. Queremos criar um ‘Team Portugal’ para dar esta experiência aos amadores e apoiar os profissionais nos dois a três primeiros anos de carreira”, especifica.
Acreditando que só assim será possível evoluir e ter um termo de comparação entre os jogadores portugueses e os melhores golfistas europeus, Nunes Pedro não espera grandes resultados da alta competição nos próximos dois anos.
“Vou estar atento, mas não será a principal preocupação. Vai ser duro, mas a ideia é colher frutos a médio prazo, uma vez que, nesta altura, não temos matéria-prima”, lamenta o dirigente.
Em relação a provas internacionais, Pedro Nunes Pedro adianta que o Open de Portugal, pontuável para o Challenge Tour, será para manter em 2025 no Royal Óbidos Spa & Golf Resort, cumprindo o contrato da FPG com o campo anfitrião, mas o objetivo passa para voltar a colocar o torneio no calendário do DP World Tour.
Em curso já está o projeto de trazer para Portugal, na primavera de 2025, um evento do Ladies Access Series, segunda divisão do golfe europeu, de acordo com Pedro Nunes Pedro.
O novo presidente da FPG foi eleito juntamente com os vice-presidentes João Paulo Pinto, Jorge Carreira e Ricardo Martinho, e os vogais Patrícia Brito e Cunha, Madalena Costa Macedo, Miguel Gaspar, Joana Trigoso e Francisco Teles Menezes. Nuno Azevedo Neves é o novo presidente da Mesa da Assembleia e João Augusto responsável do Conselho Fiscal.
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