O golfista profissional Tomás Bessa assumiu hoje a liderança do 61.º Open de Portugal com o melhor resultado de um jogador português na história da prova do Challenge Tour, realizada no traçado do Royal Óbidos Golf Resort.

O jogador de Paredes, de 27 anos, estreou-se com uma exibição exemplar, isenta de falhas e pautada por nove ‘birdies’ (uma abaixo do Par), nos buracos 2, 5, 7, 9, 11, 12, 14, 16 e 18, para entregar um primeiro cartão com 63 pancadas.

“Foi uma volta excelente, a minha melhor volta de sempre no Challenge Tour e creio que a minha melhor volta como profissional. Excelente do ‘tee’ ao ‘green’ e os ‘putts’ também entraram. Muito sólido e forte quando tinha de ser, defensivo quando necessário e acho que não há nada a apontar”, comentou.

Depois de completar os primeiros 18 buracos com nove pancadas abaixo do Par, Tomás Bessa tornou-se no jogador português com o resultado mais baixo nas quatro edições do Open de Portugal realizadas no traçado desenhado pelo espanhol Seve Ballesteros.

“É simbólico e fico muito feliz. Imaginei que não houvesse alguém a fazer muito melhor e é sempre bom saber que tenho esse marco. São quatro voltas, há muito golfe para ser jogado, mas começar bem é obviamente excelente e o objetivo mantém-se. Mas acho que tenho boas hipóteses de continuar a fazer um bom torneio”, sublinhou.

Tomás Bessa havia sido o melhor representante nacional no Open de Portugal em 2022, ao terminar em sexto lugar, mas assume que “liderar um torneio destes é muito especial”.

“Nunca tinha liderado um torneio do Challenge Tour ao final da volta. Sendo em Portugal, num campo que tanto gosto, com os meus pais a verem-me jogar e os meus amigos, torna-se ainda mais especial e tem sido um dia muito bom para mim”, completou o líder.

A dois ‘shots’ de distância de Bessa ficou o inglês Marc Penge, enquanto no terceiro lugar terminaram empatados quatro jogadores, todos com 66 pancadas (-6), num dia em que o nevoeiro deu um ar da sua graça e a jornada só terminou às 20:00.

Entre os restantes seis portugueses a disputar a prova, dotada de 250 mil euros em prémios monetários, Ricardo Melo Gouveia, número 21 na ‘Road to Maiorca’, e Vítor Lopes são os únicos dentro do ‘cut’ provisório, que apurará os 60 melhores e empatados para as derradeiras duas rondas.