Quarenta e oito golfistas de 15 países participam num torneio de golfe para pessoas com deficiência que começou hoje no `resort´ do Montado, em Palmela, organizado pela EDGA (European Disabled Golf Association), uma associação sem fins lucrativos.
Fundada na Holanda em 2000, a associação EDGA promove a prática do golfe, enquanto atividade inclusiva, com a colaboração das federações de golfe de 34 países, incluindo a federação portuguesa, através de vários torneios para pessoas com deficiência.
“Portugal é um país atrativo para a realização destes torneios, porque tem boas acessibilidades, aeroportos perto dos campos de golfe, que são muito bons, a par do clima ameno nesta época do ano, que contrasta com os invernos rigorosos no norte da Europa”, disse à agência Lusa Scott Bennett, da organização do torneio da EDGA no Montado, em Palmela, no distrito de Setúbal.
Segundo Scott Bennett, o torneio do Montado, que decorre até sexta-feira, insere-se na iniciativa ‘Portugal Swing’, em que se integrava também o torneio Vilamoura Open, que decorreu de 13 a 14 de fevereiro, no Algarve.
“Desde 2014 já desenvolvemos mais de 15 iniciativas em Portugal”, sublinhou Scott Bennett, adiantando que, nos próximos meses, a EDGA se propõe a colaborar com hospitais e centros de reabilitação de pessoas com deficiência, no sentido de sensibilizar estas entidades para a importância e vantagens da prática do golfe para a inclusão, a exemplo do que tem vindo a fazer noutros países.
“O golfe é um desporto mais inclusivo. A bola está parada e qualquer pessoa tem facilidade em controlar o que acontece. E há a possibilidade de se praticar a modalidade em formatos diferentes, o que permite a participação de pessoas com diferentes tipos de deficiência, física, sensorial ou intelectual”, sublinhou.
Para Nuno Santos, um dos portugueses que há cerca de um ano foi desafiado a participar nos eventos da EDGA, a que se mantém ligado desde então, o golfe não só ajuda a “quebrar o estigma” das pessoas portadoras de deficiência, como proporciona outras oportunidades inclusivas.
“O golfe ajuda a quebrar barreiras e traz-me um sentido de foco e de oportunidade muito prazeroso, além de me permitir conhecer muita gente interessante da EDGA. Cada um encontra a sua forma de jogar e de superar os seus desafios”, disse Nuno Santos, um dos portugueses inscritos no torneio de golfe da EDGA, no Montado.
Comentários