A Ryder Cup de golfe, prova que opõe os Estados Unidos e a Europa, foi adiada para 2021, devido à pandemia de covid-19, anunciaram os organizadores.

A 43.ª edição da Ryder Cup, que se disputa desde 1927, deveria acontecer de 22 a 27 de setembro, em Whistling Straits, no Wisconsin, nos Estados Unidos, mas vai realizar-se de 21 a 26 de setembro de 2021, no mesmo local.

"Ao contrário de outros grandes eventos desportivos, que são jogados em estádios já existentes, nós tínhamos de tomar uma decisão neste momento sobre construir infraestruturas para a receber a Ryder Cup de 2020 em Whistling Straits. Tornou-se claro que, ao dia de hoje, os nossos peritos médicos e as autoridades do Wiscosin não nos conseguiam dar a garantia que seria possível realizar responsavelmente um evento com milhares de pessoas em setembro", justificou o diretor executivo do circuito norte-americano PGA.

Seth Waugh disse que, apesar de esta decisão ser desapontante, "o que mais importa é a saúde pública", lembrando que são os adeptos que tornam "a Ryder Cup um evento único", pelo que jogar sem eles "não seria uma opção realística".

"Mesmo sendo desapontante que a Ryder Cup não se dispute este ano, a decisão de adiar é a correta nestas circunstâncias. Queremos organizar uma Ryder Cup que rivalize com as anteriores no meu estado natal de Wiscosin e agora temos a oportunidade de organizar o evento como deve de ser", declarou o capitão da seleção dos Estados Unidos, Steve Stricker.

O irlandês Pádraig Harrington, que vai liderar a Europa, considerou que adiar a Ryder Cup nunca será "uma decisão fácil", mas disse que acredita que mudar a prova para 2021 "é a decisão correta dadas as circunstâncias sem precedentes".

O adiamento da Ryder Cup para 2021 faz com que as próximas edições passem a ser jogadas igualmente em anos ímpares, com a 44.ª edição marcada para 2023, em Roma.

Também a President's Cup, que opõe os Estados Unidos ao resto do mundo (sem Europa), foi adiada de 2021 para 2022.