Dirigentes, ex-praticantes, praticantes e apreciadores do hóquei em patins foram chamados a participar no sábado, 23 de março numa mesa redonda no sentido de se colher subsídios e contribuições, tendo em conta uma organização do Mundial da modalidade que Angola irá acolher em setembro.

Carlos Alberto Jaime "Calabeto", presidente da Federação Angolana de Patinagem, explicou que, para o sucesso do evento, os ex-praticantes são partes fundamentais, e que o mundial deve ser visto como uma oportunidade para que se relance o hóquei em patins em Angola.

«Os ex-praticantes desta modalidade são tacitamente membros integrantes da comissão organizadora, e todos temos a grande missão de aproveitarmos o mundial para ajudarmos no processo de massificação do hóquei. Este é o grande ganho que podemos ter, com a realização do Mundial no nosso país», frisou.

Lançado este repto, as reações dos ex-praticantes não se fizeram esperar. Vado Carvalho, ex-praticante, louvou a iniciativa: «Estamos de parabéns por este encontro, penso que o país sair a ganhar quando a família do hóquei se juntar para traçar determinadas estratégias».

Quanto a realização do Mundial, Vado acredita que África já merecia a atribuição para organizar um evento com esta envergadura: «Sinceramente acho que já se justificava a realização de um mundial de hóquei em Patins no nosso continente. E veio ao nosso país porque é dos poucos em África que está a mostrar trabalho», disse o ex-jogador do Dínamo de Luanda, CUDUAN, e Estrelas do Grosa de Portugal.

Já Necas Ferreira sublinhou que os angolanos devem viver o mundial de hóquei em patins como viveram outras grandes realizações desportivas que o país já acolheu. «Penso que os angolanos sabem como viver estes eventos, assim como o viveram no CAN 2010, os campeonatos de basquetebol e de andebol, porque esta é uma organização Ímpar em África», rematou o antigo coordenador do programa de massificação do hóquei em patins em Angola.

Quanto as possibilidades angolanas no mundial, o também professor desta modalidade, disse acreditar que Angola tem tudo para passar a fase de grupos: «Angola tem capacidade para ir longe e atingir a fase seguinte do mundial. Agora é preciso que a população angolana esteja com a seleção para que este desiderato seja atingido», afirmou.

Em relação ao nome da mascote, Necas Ferreira mostrou-se muito sensibilizado: «Qualquer um dos nomes propostos estava ligado a mim. Charra-charra foi um nome dado ao material que usávamos na minha escola, o Cassendinha faz alusão ao bairro do Cassenda onde ficava a minha escola de patinagem durante muitos anos, enquanto Kaissarinha, que faz referência ao Kaissara, que foi um dos melhores jogadores que já tive. Logo fiquei muito comovido e orgulhoso por presenciar esta homenagem feito a ele, que não deixa de ser um ícone na patinagem angolana», finalizou.