O FC Porto falhou no domingo a conquista da Taça Intercontinental de hóquei em patins, ao perder por 6-3, após prolongamento, com os espanhóis do FC Barcelona, após ‘anular’ uma desvantagem de três golos na final.
No Estádio Aldo Cantoni, em San Juan, na Argentina, Ignacio Alabart (10 minutos), Sergi Panadero (14), Pau Bargalló (17, de livre direto, e 55), Marc Grau (51) e Xavier Barroso (52) construíram a vitória ‘blaugrana’, ao passo que Carlo Di Benedetto (23), Rafa (32) e Hélder Nunes (48) anotaram os tentos dos campeões europeus no tempo regulamentar.
O FC Barcelona reeditou o desfecho da edição de 2018 (5-4, após prolongamento), que também decorreu na denominada ‘catedral’ do hóquei em patins, e manteve a histórica imbatibilidade em finais discutidas com o FC Porto, sucedendo aos italianos do Trissino.
Convidados para ocupar a vaga do vice-campeão europeu Valongo, que abdicou da sua presença em San Juan, os espanhóis reforçaram o estatuto de clube mais bem-sucedido na Taça Intercontinental, com sete conquistas, contra cinco dos compatriotas do Liceo da Corunha, impedindo os ‘dragões’, vencedores em 2021, de igualarem os dois triunfos do Benfica (2013 e 2017), num palmarés que contempla ainda o Óquei de Barcelos (1992).
Dois dias depois da goleada aplicada aos argentinos do Lomas de Rivadavia (10-2), nas meias-finais, o conjunto treinado pelo espanhol Ricardo Ares sentiu outras dificuldades e ficou em desvantagem aos 10 minutos, com Ignacio Alabart a marcar em contra-ataque.
Essa jogada desequilibrou um arranque dividido e aconteceu logo após um desconto de tempo pedido pelo FC Porto, quatro minutos antes de Sergi Panadero dobrar a diferença com um remate cruzado, na sequência da primeira pausa solicitada pelo FC Barcelona.
Os pupilos de Edu Castro, que tinham derrotado na véspera os argentinos do UVT San Juan (8-4), campeões sul-americanos, continuaram demolidores e fizeram o 3-0 aos 17 minutos, num livre direto de Pau Bargalló, que sancionou Di Benedetto com cartão azul.
O atacante francês redimiu-se a dois minutos do intervalo, ao finalizar de costas para a baliza catalã um lance de bola parada ‘estudado’ entre Ezequiel Mena e Gonçalo Alves, revigorando as expectativas do FC Porto para uma segunda parte de tendência inversa.
Gonçalo Alves errou sem oposição perante Sergi Fernández e Hélder Nunes acertou no poste de livre direto, mas o 3-2 seria efetivado por Rafa, aos 32 minutos, capitalizando a inferioridade numérica do FC Barcelona implicada pelo primeiro cartão azul de Bargalló.
A segunda suspensão do avançado espanhol colocou Carlo Di Benedetto na marca dos 7,40 metros, mas o francês falhou uma ocasião soberana para empatar e recebeu novo cartão azul segundos depois, deixando João Rodrigues com hipótese de rubricar o 4-2.
Xavier Malián defendeu dois livres diretos do internacional português, que chegou a ser derrubado em falta por Telmo Pinto após a primeira conversão, e brilhou durante os dois minutos seguintes em que os campeões europeus ficaram reduzidos a quatro unidades.
A resiliência dos pupilos de Ricardo Ares seria recompensada a dois minutos do final do tempo regulamentar, com Hélder Nunes a alvejar a baliza de Sergi Fernández quase da linha de meio-campo para repor a igualdade e encaminhar o duelo para prolongamento.
O FC Barcelona ressurgiu em força e inverteu em definitivo o ascendente anímico do FC Porto, com Pau Bargalló a assistir Marc Grau para o 4-3, aos 51 minutos, e a festejar na recarga ao livre direto causado pela 10.ª falta ‘azul e branca’, aos 55, por entre um ‘tiro’ letal de Xavier Barroso, aos 53, tornando o restante tempo extra numa mera formalidade.
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