Ângelo Girão, o herói de Portugal na final do Mundial de hóquei em patins, fez um pedido especial ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O homem que defendeu tudo o que havia para defender no título frente aos argentinos disse que a sua exibição é fruto do trabalho de todos. Girão elogiou a amizade e companheiro no seio do grupo, apesar de, durante o ano, jogarem uns contra os outros nos vários clubes que representam.
Sofrer frente a Argentina: "Sabíamos que tínhamos de sofrer. Sabíamos que a Argentina ia entrar forte e esteve forte o jogo todo, mas o coletivo é o nosso forte".
Grande exibição na baliza: "Não estou sozinho. Isso é o que eles pensam. Nós jogamos em equipa. Eu sabia de onde as bolas vinham e os restantes jogadores da equipa confiaram em mim. Os jogadores levaram com as bolas todas, o corpo deles está todo marcado. Antes de sermos jogadores de hóquei em patins, somos amigos com muitos anos. Independentemente da equipa onde jogamos, somos uma família. Somos amigos".
Hóquei em alta em Portugal: "Sabemos que em Portugal o hóquei está a crescer de novo. Os pavilhões estão sempre cheios. Para mim é o segundo desporto em Portugal. Os portugueses têm um carinho enorme pelo hóquei em patins, conseguimos aqui em Espanha e contra as três melhores seleções do mundo".
Que receção espera no aeroporto? "Adorávamos ser recebidos em festa no aeroporto. Às 18h05 é uma boa hora. Nós merecemos e os portugueses merecem. Queria pedir ao nosso Presidente se nos podia receber outra vez. É especial".
Presidente da República enviou mensagem: "Agradecemos imenso e espero que nos recebam. Era bom para todos e nós ficávamos muito contentes".
Modalidades amadoras maltratadas em Portugal? "É a lei da vida. O futebol é um desporto de massas, é o desporto número um, mas o número dois é o hóquei em patins. Todos os fins de semana os pavilhões estão cheios e as mensagens de apoio que temos recebido mostram isso".
Portugal sagrou-se, este domingo, campeão mundial de hóquei em patins, 16 anos depois da última conquista, ao vencer a Argentina, por 2-1, no desempate por grandes penalidades, após um nulo no final do encontro. No desempate por grandes penalidades, Gonçalo Alves e Hélder Nunes marcaram para Portugal, enquanto pela Argentina apenas conseguiu marcar Nicolia.
A formação das ‘quinas’ conquistou o 16.º título mundial, menos um do que a recordista Espanha, reconquistando um título que lhe fugia desde 2003, em Oliveira de Azeméis.
Fora de Portugal, a 'equipa das quinas' não vencia um título desde 1993, sendo que, em Espanha, apenas se tinha sagrado campeão mundial uma vez, em 1960.
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